As vendas de cervejas subiram 17,1% no varejo de até mil metros quadrados pesquisado pela Nielsen. A bebida oferecida em lata representa 71% do total comercializado. A única região que apresentou retração de vendas no ano móvel encerrado em junho passado foi a Grande São Paulo (-1,7%). Em contrapartida, o Nordeste lidera a variação positiva, com 35,1%. Antônio Sá, professor da Faap – Fundação Armando Alvares Penteado e sócio-fundador da consultoria Amicci (que atende o varejo, especialmente na criação, desenvolvimento e gestão de marcas próprias), entende que a cerveja desempenha um papel importante nos negócios dos distribuidores e do pequeno varejo. “A cerveja é um gerador de tráfego nas lojas, principalmente nas de vizinhança, que estão mais próximas para atender os consumidores.”

E exatamente pela importância da categoria, o especialista recomenda atenção especial ao abastecimento de rótulos, para que não ocorra nenhuma ruptura. “É uma categoria na qual os consumidores têm fidelidade por marcas.” Eu recomendo ainda que o distribuidor ajude o varejista a organizar as prateleiras, de maneira intuitiva, por rótulos e origem, destacando os produtos de maior valor agregado.”

Em seguida, falou sobre a tendência de o cliente melhorar o seu consumo buscando marcas premium. “Uma vez que experimentou e aprovou novos sabores, vai preferir essa bebida, ainda que sinta uma pressão financeira.”