Alimentado com um crescimento de dois dígitos – de 22,2% no faturamento e de 17% no volume de vendas – o grupo de cereais matinais vai bem, obrigado. Apresentou incremento em todas as regiões pesquisadas pela Nielsen: 29% no Nordeste, 24,9% na Grande São Paulo, 24,7% no Centro-Oeste, 21,9% no Grande Rio de Janeiro, 20,4% no interior paulista, 19,3% na área que abrange Espírito Santo, Minas Gerais e interior do Rio de Janeiro, e 17,2% no Sul. Três sabores ocupam a linha de frente em importância (em valor) na categoria: chocolate (30%), multi-ingredientes (28%) e açucarado/condensado (28%).
Dona da marca Sucrilhos, a Kellogg’s relançou recentemente o ChocoKrispis, depois de nove anos ausente do mercado. Cristina Monteiro, diretora de Marketing de Categoria da empresa no Brasil, vislumbra o potencial de crescimento dos cereais, especialmente a partir de 2020: “A pandemia exigiu que as pessoas permanecessem mais tempo em casa. E o consumidor redescobriu os cereais e, inclusive, criou novas ocasiões de consumo. Isso fez com que o alimento tivesse o maior salto de penetração dos últimos anos”, observou.

Especificamente em relação à importância do varejo de vizinhança na comercialização de cereais, Cristina observa que, além do aumento da penetração de diversas categorias nesse canal de vendas, ocorrida a partir da pandemia, outras mudanças estão sendo identificadas no comportamento do shopper, como a de fazer compras em mercados de vizinhança. “O consumidor precisa e gosta de uma boa experiência de compra do início ao fim, o que significa praticidade, conveniência, proximidade e comodidade. Como cereais e snacks são as categorias que representam grande parte do nosso portfólio, acreditamos que esse tipo de varejo é uma grande oportunidade para o negócio”, enfatiza.