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Mercearia doce

Por Adriana Bruno, Claudia Rivoiro e Rúbia Evangelinellis

ADOÇANTE

Indulgência light

A categoria de adoçantes cresceu 6,5% no resultado de vendas em valor, mas recuou em 4,3% no volume comercializado no varejo de menor porte, segundo a pesquisa da NielsenIQ. A Região Sul foi a que mais contribui para o incremento, passando de 14% para 16% a participação no total faturado. Mas permanece na dianteira o bloco formado por Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Rio de Janeiro, respondendo por 27%. A versão preferida é a de adoçante sem sacarose, correspondendo a 95% do valor total.

A Cargill lançou em setembro adoçantes, à base de stévia, para atender três frentes simultaneamente: o consumidor final, o uso culinário e a indústria alimentícia. A meta é liderar o segmento de origem vegetal, com as marcas EverSweet, Truvia e ViaTech. “Identificamos uma nova tendência para o consumidor e para o mercado, que exigem cada vez mais sabor, saudabilidade e sustentabilidade nos produtos, sejam na prateleira ou como ingrediente para indústria”, diz Laerte Moraes, diretor-geral de Food Solutions da Cargill na América do Sul.


CAFÉ EM CÁPSULA

Versão moderna ganha espaço

Com crescimento de 14,9% nas vendas (em valor), o café em cápsula firma-se como mais uma opção da bebida nacional. O maior aumento foi registrado pelo bloco formado por Minas Gerais, Espírito Santo e interior do Rio de Janeiro, com variação positiva de 20,1%, seguido do desempenho observado no Nordeste, com alta de 19,7%.

Na opinião de Mônica Lopes, head de marketing de Nespresso, nos últimos anos é possível observar uma mudança importante no comportamento do consumidor, fazendo com que o item deixasse de ser apenas uma commodity, de baixo valor agregado, para se tornar símbolo de experiências sensoriais e aromáticas mais complexas. “O país é o maior mercado da América Latina, sendo também o segundo que mais consome café no mundo. A Nespresso Brasil figura entre os dez principais mercados no mundo.”

A executiva acrescenta que o mercado de cafés em cápsula está em alta e, dentro da linha doméstica,
a expectativa é de crescimento e investimento no sistema Vertuo, que atende de maneira mais abrangente as necessidades do consumidor, com cafés de diferentes tamanhos e perfis sensoriais. O objetivo é que a linha Vertuo represente, até 2025, 20% do total do negócio”, finaliza.


CAFÉ EM PÓ E EM GRÃOS

Clássicos que resistem

A categoria de café em pó e grãos ampliou as vendas no varejo de menor porte em 14% (em valor), mas apresentou freio em volume (3,9%). A apresentação almofada responde por 47% do total vendido e a embalagem a vácuo, por 30,2%. Tina Cação, diretora de vendas da JDE Brasil e detentora dos rótulos Pilão, L’OR, Café do Ponto, Damasco, Caboclo, Café Pelé e Moka, entre outras, avalia que o mercado brasileiro é robusto e a empresa tem opções para todos os gostos, bolsos e hábitos de consumo.

“O café é uma bebida protagonista em cerca de 98% dos lares. Temos marcas fortes em todas as categorias de café. O portfólio diversificado e as inovações nos permitem atender às tendências do mercado, que demonstra crescimento, especialmente nos segmentos premium.”

Segundo informou, o varejo de vizinhança permite construir um relacionamento próximo e sólido com os clientes. “É uma opção conveniente para as compras diárias ou recorrentes de itens essenciais. Como é frequentado com regularidade pelos consumidores, tem o potencial de impulsionar a compra, especialmente se o café estiver bem posicionado.”


LEITE COM SABOR

Em alta

As vendas de leite com sabor aumentaram 25,1% em valor e 1% em volume no varejo de menor porte pesquisado pela NielsenIQ. Em todas as regiões foi observado crescimento, sendo o maior patamar registrado no varejo da Grande São Paulo, com alta de 56,2%. O sabor preferido do consumidor é chocolate, com uma importância equivalente a 89% do total faturado pela categoria. Domina com folga, considerando que a versão frutas/ vitamina vem na segunda posição, com 9,7%.

Filipe Oliveira, diretor de operações da Mococa, avalia que o consumo de leite aromatizado registrou “crescimento significativo” no primeiro semestre de 2023. Acrescenta que a indústria tem forte atuação no mercado, principalmente na Região Norte. “Apesar de não haver a previsão de um lançamento próximo, temos perspectiva de explorar ainda mais o mercado de leite aromatizado, atendendo à demanda familiar”. A companhia tem o Mocoquinha, sabor chocolate, em embalagem de 200 ml, que passou recentemente por uma reformulação. A nova fórmula conta com redução de 30% dos açúcares totais.

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