Categorias em Destaque

Candies

Por Adriana Bruno, Claudia Rivoiro e Rúbia Evangelinellis

BISCOITOS

Cativo na gôndola

Recheados, doces ou salgados, amanteigados ou tradicionais, como cream cracker e maria, entre outros sabores e formatos. A categoria de biscoitos apontou alta de 20,3% em valor faturado, mas retraiu 3,2% em unidades vendidas. Embora o segmento recheado doce tenha maior importância em valor no resultado, o equivalente a 28%, as versões que mais cresceram no período foram recheado salgado (31,9%) e biscoito com cobertura (30,8%).

Para Jorge Conti, CEO da Bela Vista, o consumo está estável, com pequena perda de volumes em segmentos específicos. “A categoria apresentava no primeiro semestre do ano queda (-1,5%) em volume e aumento de receita em 10%. Nos últimos 90 dias, com a baixa de preços dos commodities, a concorrência e o varejo mais competitivo, é provável que os aumentos de receita fiquem estáveis ou registrem queda”. Com atuação nacional, a Bela Vista destaca a importância do abastecimento realizado pelo canal indireto. “Os atacadistas e distribuidores representam mais de 60% de nossas vendas e levam nossos produtos às mais diversas regiões do país”, enfatizou.


BARRA DE CEREAL

Lanche rentável

Se tem uma categoria campeã de vendas é a de barra de cereal. As vendas na pesquisa apontada pela NielsenIQ aumentaram 53,7% em vendas/valor e 37,1% em vendas/volume no ano móvel encerrado em junho de 2023. O alimento apontou evolução em todas as áreas pesquisadas, principalmente na região metropolitana de São Paulo e no Grande Rio, com incremento de 96,7% e 95%, respectivamente.

A Trio Alimentos comercializa o produto com a mesma marca, investe na inovação e obteve crescimento acentuado comparando 2023 com 2020. Segundo Bruno Castro, gerente de marketing, o faturamento da categoria “mais que dobrou” nesse intervalo de tempo. A empresa possui 22 itens e oferece diversas opções, como sem glúten, sem lactose, zero açúcar, linha proteica e granola.

Para a empresa, o varejo de vizinhança é importante na venda do produto. “Estar presente nesse canal traz conveniência, simplicidade e uma forma muito mais ágil de compra”. Bruno citou ainda o valor do canal indireto. “É o principal meio de distribuição. Através dele, conseguimos chegar a mais de 15 mil pontos de vendas no Brasil, com uma média de 5 milhões de unidades de barras vendidas por mês.”


CHOCOLATES

Indulgência em alta

Seja em tablete, bombom, snack, candy bar ou em outras apresentações, os chocolates tiveram uma performance positiva de ponta a ponta no varejo pesquisado pela NielsenIQ. No ano móvel encerrado em junho, as vendas cresceram 22,1% no total faturado e em 8,1% em volume. Todas as regiões pesquisadas registraram aumento, um claro sinal de que a indulgência está em alta. O porta-voz Sérgio Copetti, diretor-comercial da Neugebauer, fábrica de chocolates e guloseimas, avalia que, embora este ano seja desafiador, a empresa permanece na caminhada de crescimento e mantém a expectativa para o último quadrimestre, que, para ele, será o melhor período de 2023.

“Nosso maior desafio é o Sudeste, onde investimos cada vez mais para fortalecer o crescimento volumétrico e de marca, além de ser o mercado com a maior oportunidade de aumento de distribuição numérica”. A K indústria projeta crescimento de 15% em 2023 e faturamento próximo a R$ 1 bilhão.
Para o executivo, o canal indireto é “muito” importante para o seu crescimento no mercado de chocolates a partir do atendimento do pequeno e médio varejo. “Um de nossos objetivos é ampliar o número de parceiros distribuidores e atacados distribuidores.”


DROPS, PASTILHAS E CANDIES

Doces momentos

Seja nas compras de abastecimento ou reposição sempre cabe um candie na cesta de compras. Esse momento de indulgência vem movimentando esse mercado. De acordo com a pesquisa Nielsen, a categoria de balas, drops e candies em geral teve variação em vendas/ valor de 31,5%, sendo que a Região Sul do país foi a que mais contribuiu com a alta, com 24%; seguida de perto pela Região Nordeste, com 23%. Já a variação de vendas em volume foi de 17,4%, com destaque para drops, com 45,8% em importância; pastilhas, com 39,2%; e caramelos, com 15%. Para Daniel Andreolli, diretor de marketing da Cory, o pequeno varejo é fundamental para a categoria.

“São centenas de milhares de pontos de venda que, muitas vezes, contam com a fidelidade dos públicos que passam pelos seus estabelecimentos. Sem o pequeno varejo, o público não teria acesso
à variedade de sabores e formatos das balas, drops e outros itens”, destaca. Ele ainda fala que a oferta de produtos de maior percepção de valor, como os drops e as balas em embalagem flow pack, pode contribuir para elevação do tíquete médio, assim como de snacks como biscoitos cobertos com chocolate. “E guardar espaço para novidades, que sempre atraem especialmente o público mais jovem, aberto à experimentação”. Ainda de acordo com Andreolli, a categoria deve crescer impulsionada pelo consumo fora do lar. “Candies são consumidos principalmente nas escolas, locais de trabalho e de lazer, sendo, muitas vezes comprados pelo caminho no pequeno varejo”.


GOMAS DE MASCAR

Resultados positivos

Segundo dados da Abicab, o Brasil exporta balas e gomas para 142 países, sendo os Estados Unidos o principal destino. O Brasil está entre os nove países líderes em volume de vendas de gomas de mascar e confeitos no varejo e em 2022 o setor faturou R$ 10,9 bilhões. Resultados que são atribuídos às constantes inovações da indústria e também aos produtos que cada vez mais trazem ingredientes naturais e menos açúcares.

A pesquisa aponta crescimento da categoria em vendas/valor de 37,7%; sendo que a Região Sul do país foi a maior responsável em importância pelo incremento das vendas/valor das áreas NielsenIQ, com 30%; em segundo lugar aparece a Região Nordeste, com 23%. Já a variação em vendas/volume foi de 10,1%, sendo chewing gum com 69,4% de importância em valor do segmento; e bubble gum, com 30,6%.

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