Apesar de a pandemia da covid-9 já estar quase no passado, os estragos no bolso do brasileiro ainda foram sentidos na mais recente pesquisa Categorias em Destaque, da NielsenIQ, que espelha o desempenho de vendas de 50 categorias analisadas em 485 mil pontos de venda de até mil metros mil quadrados espalhados pelo Brasil. O período pesquisado encerrado junho de 2022,  com base nos 12 meses anteriores. Esse grupo representou 3,1% na variação de vendas/valor com importância de 65% no valor total. As demais 112 categorias igualmente listadas na edição obtiveram 1,6% em vendas/valor com 35% em importância de valor (ver metodologia no box).

A lista das top 50  analisadas inclui as categorias extrato de tomate, molho de tomate,café em cápsula, sabonete, xampu, suco em pó, suco pronto, cachaça, salgadinho, alimentos para pets, cigarro, chocolate, desodorante,sabão, detergente para roupa, creme dental. Todas elas, que poderão ser conferidas nas páginas seguintes, são analisadas por especialistas, que incluem consultores, representantes de indústrias e atacadistas distribuidores.

Para Daniel Asp  Souza, gerente de Atendimento ao Varejo da NielsenIQ, a pesquisa é um verdadeiro retrato das compras do brasileiro, com mudanças no mix e nas embalagens, sempre em busca de compras mais vantajosas para o bolso apertado. “Já vimos esse movimento em 2016, com o consumidor olhando, em primeiro lugar, para as marcas, e em segundo, para os produtos correlatos. A boa notícia é que este segundo semestre, com algumas medidas já adotadas, como queda nos preços dos combustíveis, diminuição da taxa de inflação, redução do número de desempregados e aumento no valor do Auxílio Brasil, de 400 reais para 600 reais, além da realização da Copa Mundial de Futebol e das festas de fim de ano, tudo  contribuirá muito para o fechamento de um semestre mais positivo, mas o reflexo ainda não foi sentido”, explica. O executivo também lembra que o atacado e as redes de varejo já detectaram um crescimento tímido, de 1% a 2%, nos números de compras, mas no atacado distribuidor irá demorar o aparecimento desse reflexo. “O consumo durante a pandemia veio para dentro de casa; em seguida, vimos o aumento dos preços dos produtos, que foi impactante, e o estudo abrange um período de alta dos produtos. O que se percebe é que o brasileiro vai se reinventando na hora de fazer as suas compras”, destaca.

Quando se fala em compras no varejo de vizinhança, Asp ressalta que, quando o indivíduo tem mais renda, ele consegue pagar pelo conforto e fazer as suas compras perto de casa. “As redes de varejo de vizinhança vieram para ficar. Um bom exemplo é a  mexicana Oxxo, que já tem mais de cem lojas no País, um investimento alto e rápido”, lembrou.

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