ABAD 2022 ATIBAIA - COLETIVA DE IMPRENSA

Dados, números e pesquisa na pauta

Dois importantes anúncios marcaram o primeiro compromisso da Convenção Anual do Canal Indireto: a nova parceria com a NielsenIQ para a elaboração dos indicadores mensais e o resultado de uma pesquisa inédita

Por Redação

Em coletiva de imprensa que marcou a abertura da 41ª Convenção Anual do Canal Indireto, o presidente Leonardo Miguel Severini fez dois anúncios de grande destaque para o canal indireto. O primeiro, uma nova parceria com a NielsenIQ para a elaboração dos indicadores mensais do setor. A  pesquisa será feita com empresas selecionadas a partir do RankingIQ/ABAD e mostrará as tendências de crescimento do mercado atacadista e distribuidor e o desempenho do faturamento.

“A Nielsen já é responsável pelo estudo do Ranking ABAD, realizado anualmente, e em 2023 o faremos pela  vigésima nona vez. Vamos selecionar empresas que já respondem à pesquisa do Ranking e convidá-las a participar desse novo levantamento, que, inicialmente, irá registrar somente dados de faturamento, mas será ampliada futuramente”, explica Daniel Asp, gerente de Business Intelligence da NielsenIQ, que também participou do anúncio.

“Essa parceria atenderá à necessidade de disponibilizarmos para o setor informações mensais acuradas e com agilidade, a partir de dados de faturamento enviados no início de cada mês. Vamos convidar três ou quatro dos principais atacadistas distribuidores de cada Estado para participar do novo estudo”, informa  Leonardo Miguel Severini, presidente da ABAD.

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O segundo anúncio foi o de um levantamento inédito com quase 2 mil colaboradores do setor, que mostra como está a relação do desempenho das empresas com o capital humano, social, ambiental e financeiro do atacado distribuidor. Realizado em parceria com a EoM – Economics of Mutuality Solutions, com o patrocínio da MARS, indústria de bens de consumo, o levantamento tem como objetivo cocriar valor dentro do ecossistema, com oportunidades de crescimento coletivo que beneficiam as empresas do setor, seus colaboradores, fornecedores e parceiros.

Alguns dos dados levantados chamam a atenção: 73% dos respondentes da pesquisa dizem que indicariam seu trabalho a outras pessoas, deixando claro que consideram seu trabalho de maneira positiva; 75% querem aprender novas habilidades e melhorar a educação, externando clara demanda por capacitação; em um exemplo de confiança na solidez do setor e no desejo de evoluir junto com o negócio, 81% acreditam que a empresa onde trabalham crescerá nos próximos três anos e 79% têm a expectativa de que sua própria renda também crescerá.

Apesar da expectativa futura positiva, apenas 38% se dizem altamente satisfeitos com a sua renda atual. E somente 30% sentem que as empresas estão adotando ações sustentáveis. E 78% dos respondentes gostariam que suas empresas aumentassem os esforços de sustentabilidade.

“Por acreditarmos que o futuro dos negócios e o atingimento de resultados no longo prazo estão intimamente ligados à sustentabilidade, nosso propósito é envolver o setor com essa questão, abrangendo os quatro pilares da pesquisa: capital humano, social, financeiro e ambiental. Essa pesquisa é um primeiro passo nesse sentido, e a partir dela vamos aprofundar nossa compreensão a respeito desses temas”, explica Leonardo Miguel Severini, que teve o apoio do vice-presidente José Luís Turmina na coordenação da pesquisa.

“Esta é basicamente uma pesquisa de satisfação, perspectivas e confiança. Seu objetivo é identificar, a partir da percepção dos colaboradores do setor atacadista e distribuidor, quais são os drivers, isto é, os elementos motivadores que fazem com que, na ponta, as pessoas sejam mais felizes e tenham um desempenho melhor nas empresas. E, a partir daí, propor melhorias”, diz Marcus Souza, diretor de Vendas e Marketing da MARS.

“O objetivo dos negócios é produzir soluções rentáveis para os problemas das pessoas e do planeta, não lucrar com a criação de problemas para as pessoas e o planeta. Esse é o propósito da existência de uma empresa que realmente importa”, diz Tereza Valentova, líder de Projeto da EoM, que se apresentou em um vídeo especialmente enviado para a coletiva de imprensa. 

Para o EoM, segundo Tereza, os modelos econômicos atuais, que por anos têm trazido lucro e permitido o crescimento das empresas, vêm aos poucos mostrando sinais de exaustão. Para que lucros e oportunidades continuem surgindo, é preciso que novas variáveis sejam levadas em consideração, de modo a tornar as atividades sustentáveis no longo prazo. Dessa maneira, sustentabilidade é uma palavra-chave para os negócios de hoje. E ser sustentável significa criar valor e trazer benefícios não só para as empresas, mas também para toda a sociedade.

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