Indústria de alimentos tem avanço de 10% em Minas no último ano


A indústria de alimentos em Minas Gerais apresentou um crescimento de 10% em 2020 em relação a 2019. Apesar do avanço, afirma o presidente da Câmara da Indústria de Alimentos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Mário Marques, o incremento poderia ser ainda maior, não fossem os desafios vividos no ano passado, como a escassez de determinadas matérias-primas.

A pandemia da Covid-19, conta Marques, foi responsável por reflexos nas mais diferentes frentes. Em primeiro lugar, ela trouxe mudanças de hábitos. As pessoas passaram a ficar mais em casa, devido às medidas de distanciamento social, e as vendas de alimentos subiram com isso. Entretanto, começou a faltar alguns produtos, como embalagens, o que atingiu em cheio os preços. 

“Para muitos, está faltando embalagens, como as de plástico. Com isso, houve um aumento dos preços. Alguns valores tiveram de ser repassados porque não tinha como – a matéria-prima influencia muito no preço do produto final. A gente espera que, até fevereiro ou março, as coisas comecem a equilibrar”, afirma ele. 

Mas os desafios e os avanços em 2020 não pararam por aí. Outra questão que mexeu muito com o setor, segundo Marques, foi a adaptação diante da pandemia. 

“Um dos maiores desafios foi manter a indústria em funcionamento. Todas elas tiveram que se organizar para trabalhar na pandemia. Foi um desafio manter a produção e, em alguns casos, até aumentá-la”, diz ele.

Por outro lado, o segmento de alimentação, que continuou em operação mesmo durante os períodos mais críticos da pandemia, também pôde ganhar mais com as exportações, diante da desvalorização do real.

Os ganhos com isso, segundo o presidente da Câmara da Indústria de Alimentos da Fiemg, foram importantes, embora a venda para o mercado externo não represente um percentual tão grande.

“A exportação foi maior do que a importação. Nós tivemos um ganho com a exportação, mas não deixamos de atender ao mercado interno”, diz ele. 

Marques explica que o ganho com o dólar valorizado frente ao real é expressivo, mas que as exportações representam apenas 6% das vendas do setor de alimentos mineiro.

Segundos os dados da Fiemg, as exportações de alimentos da indústria mineira têm como principal destino a China (22,6%), seguida por Hong Kong (7,1%), Arábia Saudita (6%), Índia (4,5%) e Bangladesh (4,4%).

Força 

Diante de todo esse cenário, o setor de alimentos tem mostrado toda a sua força em Minas Gerais. São, atualmente, 7.812 empresas do segmento no Estado, o que representa 15,9% do total do Brasil. São 171.867 empregados na área, o que corresponde a 11,3% dos trabalhadores do setor no País.

Em 2021, segundo Marques, as expectativas são de que o segmento continue apresentando números positivos. 

As expectativas são de que os resultados melhorem ainda mais. A indústria fez investimentos, inclusive, como os relacionados à melhoria de equipamentos”, conta ele.

Fonte: Diário do Comércio

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