Previsões otimistas para 2018

Os dados positivos da economia, particularmente os registrados nos últimos meses de 2017, permitem vislumbrar um desempenho muito favorável no próximo ano. A análise foi feita pelo economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes, em participação no painel “O que esperar de 2018”, durante evento promovido em 19 de dezembro pelo jornal Correio Braziliense, com o apoio da entidade. “É inegável – e os números atestam isso – a reativação econômica no Brasil, independentemente da base de comparação que seja usada”, disse. Os resultados positivos, segundo o economista, foram percebidos no primeiro trimestre do ano, ganharam corpo nos três meses seguintes, e o comércio foi motor desse novo ciclo de crescimento. “É claro que essa recuperação foi semeada alguns semestres atrás e teve como grande suporte a queda da inflação, que ganhou destaque no terceiro trimestre de 2017.”

Bentes lembrou que, neste ano, o varejo brasileiro começou a reverter a crise severa que passou nos últimos anos, com queda expressiva de vendas: – 1,7%, em 2014; – 8,6%, em 2015; e – 8,7%, em 2016. No ano passado, a quebra do varejo foi muito significativa: correspondeu a cerca de 80% do que o segmento vendia antes de a crise começar. Para 2017, a previsão da CNC é de alta de 3,7%, “mas ainda muito longe de repor as perdas dos três anos anteriores”.

E por que o comércio está se recuperando e por que acreditamos que continuará em 2018? Segundo o economista-chefe da CNC, a razão básica é o recuo da inflação, situando-se ao redor de 3% neste e no próximo ano, com a consequente estabilidade dos preços dos produtos. “O crescimento do comércio ainda é tímido, mas – e isso tem muita importância – difuso. Dos dez segmentos do varejo, há elevação de vendas em sete. Isso tende a se solidificar em 2018. Nossa previsão para o ano que vem aponta um crescimento entre 4,5% e 5%.”

Também foi observada uma uniformidade desse crescimento sob o ponto de vista regional: houve alta em 26 das 27 unidades da Federação. Além disso, como vendeu mais, o comércio precisou contratar mais, e se projeta, em relação ao mesmo período de 2016, um aumento de 10% na mão de obra para atender especificamente aos negócios envolvendo o Natal.

Fabio Bentes revelou um dado inédito, resultado de levantamento feito pela CNC no último trimestre sobre a abertura de lojas. A Confederação constatou que, no terceiro trimestre deste ano, o fechamento de lojas foi quase zerado. Isso sugere, de acordo com o economista, que, mantida a recuperação do varejo, deverá ser registrada a abertura líquida de lojas no quarto trimestre. “Mais do que uma esperança, a CNC acredita que, via recuperação de mercado de trabalho, o Brasil terá um ano bem melhor do que 2017 na economia.”

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