Atacado paulista abre mais de 5,8 mil postos de trabalho em um ano

Em novembro, o comércio atacadista no Estado de São Paulo abriu postos de trabalho pelo oitavo mês consecutivo. Foram criados 1.137 empregos com carteira assinada, resultado de 14.011 admissões e 12.874 desligamentos. Assim, encerrou o mês com um estoque ativo de 500.159 vínculos trabalhistas formais, crescimento de 1,2% em relação a novembro de 2016. O número total de empregados com carteira assinada do setor não ultrapassava a barreira dos 500 mil trabalhadores desde novembro de 2015. No acumulado de dezembro de 2016 a novembro de 2017, 5.836 vagas foram abertas.

Os dados são da Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentações declaradas pelas empresas do atacado paulista. As informações mostram o nível de emprego do comércio atacadista em 16 regiões e dez ramos de atividade. A FecomercioSP passou a acompanhar tais dados em fevereiro de 2016.

Das dez atividades pesquisadas em novembro, sete apresentaram alta no estoque de empregos na comparação anual. Os destaques positivos ficaram por conta do atacado de alimentos e bebidas (2,1%) e produtos farmacêuticos e higiene pessoal (3,4%). A maior retração foi observada no setor de materiais de construção, madeira e ferramentas (-0,8%), que fechou 280 postos de trabalho.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o mercado de trabalho do comércio atacadista no Estado de São Paulo segue em trajetória de recuperação, apoiado nas chamadas “atividades essenciais”, como alimentos e bebidas e produtos farmacêuticos e de higiene pessoal. A Federação reforça que a melhoria dos determinantes diretos do consumo das famílias e o consequente impacto positivo no comércio varejista resultam também em bons números em termos de receitas e expectativas no setor atacadista. Tal conjuntura mais positiva e otimista garante o cenário visualizado principalmente no segundo semestre de 2017. A tendência é de continuidade, pois se espera que, com inflação baixa, crédito menos custoso e recuperação do mercado de trabalho de uma maneira geral, o consumo cresça de maneira mais vigorosa em 2018.

Atacado paulistano

Em novembro, foram extintos 267 empregos formais no comércio atacadista da cidade de São Paulo. A ocupação formal atingiu 207.392 empregados no mês. O saldo acumulado dos últimos 12 meses ficou positivo em 1.575 empregos, o que representa uma alta de 0,8% do estoque total de trabalhadores na comparação com novembro de 2016.

Das dez atividades pesquisadas, sete registraram alta no estoque de empregos em relação a novembro do ano anterior, com destaque para as atividades de energia e combustíveis (4,1%) e produtos farmacêuticos e de higiene pessoal (2,5%). Por outro lado, as maiores taxas de retração foram observadas em materiais de construção, madeira e ferramentas (-3,9%) e máquinas de uso comercial e industrial (-1,0%).

Em termos absolutos, os dois grupos de atividades que mais perderam postos de trabalho foram eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (-213 empregos) e outras atividades (-110 vagas). Por outro lado, o atacado de alimentos e bebidas criou 155 novas vagas. No ano, são 3.037 novo empregos, puxados também pelo setor atacadista de alimentos e bebidas (822 vagas) e produtos farmacêuticos e higiene pessoal (900 vagas).

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