Oniz Distribuidora registra pequena queda de vendas em abril

por Rúbia Evangelinellis

A Oniz Distribuidora experimenta em abril recuo em torno de 3% na meta de crescimento de vendas, prevista em 12%, na comparação com o mesmo mês de 2019. Vale destacar que esse resultado vem após uma alta de 20% obtida em março, que superou os objetivos e reflete o impacto das medidas de combate à Covid-19 no planejamento das empresas. “Eu diria que após superarmos a meta em março em 5%, abril está fraco, mas não desesperador”, resume o empresário José Luís Turmina, diretor-presidente da empresa. Na sua opinião, é importante observar que os canais de vendas apresentaram diferentes comportamentos, referindo-se ao fato de que a antecipação de compras ficou concentrada nos maiores varejistas e médios que atendem um público de maior poder de compra, enquanto os pequenos vendem,  mas de forma comedida. “Nesses estabelecimentos não ocorreram corridas às compras, filas em caixa”.

José Luís Turmina, diretor-presidente da Oniz

A Oniz abastece o varejo instalado no Rio Grande do Sul, Paraná em parte do interior de São Paulo. Com 30 mil clientes cadastrados e um mix de cerca de três mil itens, atua como distribuidor exclusivo de diversos fornecedores e atende pontos de vendas de diferentes tamanhos e segmentos – do varejo alimentar às farmácias. “Eu tenho clientes com pedidos de um milhão de reais por mês e outros que compram 100 reais”, acrescenta.

Com um mapa de negócios desenhado pela cobertura a diferentes localidades e padrões de consumo, Turmina entende que a corrida às compras agora será refreada, uma vez que as dispensas estão abastecidas. E acrescenta que em algumas localidades, como as cidades fronteiriças de Uruguaiana, Santana do Livramento e Chuí, o comércio sente mais o impacto negativo das medidas de combate ao coronavírus, uma vez que as fronteiras estão fechadas e, por isso, perde boa parte dos seus consumidores, que vinham de países vizinhos.

O empresário acredita ainda que a decisão de retirar de campo os 400 vendedores de campo, como forma de proteger contra o vírus, pode ter afetado o resultado de vendas. “Estou com 100% da equipe de vendas em home office desde o dia 23 de março. O pequeno cliente quer ser atendido in loco, o meu vendedor não está visitando, e estou sofrendo por isso. Para o pequeno comerciante, o contato é importante.”

Hoje, a Oniz mantém em campo apenas profissionais essenciais, como repositor e motorista e, no depósito, os separadores. Ao todo, são cerca de 500 funcionários trabalhando em casa. Diante de um quadro instável, em que boa parte do comércio fechou as portas, Turmina disse que a empresa mantém especial atenção ao controle da caixa. “Temos clientes pedindo prorrogação, aproveitando a crise, mas que está aberto e vendendo, enquanto outros são donos de restaurantes que permanecem fechados”.

 

Notícias Relacionadas
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

DB DigitalReceba no seu email

DB DigitalReceba no seu email