Indústrias reafirmam compromisso de manter preços durante pandemia

Por Cláudia Rivoiro

Na tarde de quarta feira, 8 de abril, em uma live organizada pelo presidente da ABAD, Emerson Destro, com representantes de indústrias e vice-presidentes das filiadas da entidade,  líderes regionais e convidados,  um dos temas mais debatidos foi a manutenção de preços dos produtos distribuídos pelo setor em mais de cinco mil municípios brasileiros, em especial para os médios e pequenos varejos.

David Kahn, vice-presidente de vendas da Pepsico

David Kahn, vice-presidente de vendas da Pepsico, ressaltou que diante a crise de restrição de circulação das pessoas devido a pandemia da Covid 19, o atacado deverá sofrer mais impacto nesse período. “O mais importante é manter os empregos e não aumentar preços dos produtos, mas será difícil diante a perda de renda da população e a alta nos preços das matérias primas. Ele reafirmou que multinacional está trabalhando constantemente para que preços sejam mantidos, a ordem é essa. “Acredito também que o autosserviço e os distribuidores sofrerão menos o impacto nos negócios”, enfatizou.

Já André Felicíssimo, vice-presidente de Vendas da Procter & Gamble, enfatizou que durante essa crise o mais interessante foi que o varejo em geral e as indústrias se uniram para abastecer a população.”Uma missão do mesmo porte e relevância que a da saúde”, disse.

André Felicíssimo é vice-presidente de Vendas da P&G no Brasil.

Ele contou que a P&G desenvolveu um plano de ação para proporcionar segurança, conectividade e a cobertura das lojas, além de manter operando e abastecendo o ponto de venda, em especial os produtos de higiene e limpeza. “Já foi observada uma migração das compras do “Big Box” para o “Small Box” (do grande varejo para o pequeno varejo). Até a semana passada os segmentos hiper e cash&carry estavam vindo em curva ascendente, mas depois registrou queda. Quanto aos lançamentos previstos para o segundo semestre, temos que repensar e unir forças para ver como será feito”, destacou.

Marcelo Silva, diretor de vendas da Mondelez, ponderou que ninguém sairá igual dessa crise.”Mas iremos encontrar soluções com criatividade. Diante de uma época importante para a Mondelez, a Páscoa, estamos tentando preservar as vendas e antecipar as ações. A nossa produção em geral está projetada até o fim de jjunho e também monitorada”, salientou.

Gabriela Pontin, da Química Amparo/Ypê, destacou que os pequenos negócios transformadores têm sofrido mais, com 70% de queda nas vendas.”Ao contrário do segmento de bebidas alcoólicas, o de limpeza não sentiu ainda o baque nas vendas”, finalizou.

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