Índice de Ruptura registra leve aumento e sobe para 12,8% no mês de dezembro

O Índice de Ruptura da Neogrid, indicador que mede a falta de produtos nas gôndolas dos supermercados brasileiros, registrou aumento em dezembro e chegou a 12,8% – variação de 0,2 ponto porcentual (pp) em relação a novembro. Esse resultado reflete a continuidade de um cenário estável sem grandes oscilações nos últimos seis meses. A média anual de ruptura fechou o ano de 2024 em 13,09%.

“Essa pequena elevação no Índice em dezembro é natural e esperada, pois muitos fornecedores começam a reduzir suas entregas a partir do dia 20 de dezembro devido às férias coletivas de final de ano”, ressalta Robson Munhoz, diretor de Relações Corporativas da Neogrid. “A retração no abastecimento está associada à dinâmica de produção e planejamento tanto da indústria quanto do varejo, que se ajustam constantemente para atender às demandas dos consumidores até que o fluxo normal seja restabelecido agora em janeiro.”

Ruptura das categorias que se destacaram em dezembro de 2024:

  • Cerveja: de 11,4% para 12%;
  • Vinho: de 9,6% para 10,7%;
  • Biscoito: de 8,1% para 10,7%;
  • Bombom: de 8,6% para 9,9%;
  • Arroz: de 7,7% para 9%;
  • Açúcar: de 8,7% para 8,9%;

Cerveja

A taxa de indisponibilidade da cerveja foi de 12%, subindo 0,6 pp em dezembro sobre o mês anterior. A taxa de ruptura de algumas marcas e tipos do produto tem mostrado uma tendência de alta desde setembro de 2024, quando o índice estava em 10,20%.

Em relação ao preço, houve aumento em todas as categorias monitoradas, com destaque para a cerveja escura, que assinalou elevação de 0,35 pp no preço médio por litro, passando de R$ 7,49, em novembro, para R$ 7,84 em dezembro. A cerveja clara, o tipo mais consumido no país, passou de R$ 7,65 para R$ 7,82 no mesmo período.

Variação de preço da cerveja:

Vinho

Na lista de dezembro, o vinho obteve sua primeira elevação no índice de ruptura após três meses de estabilidade, alcançando 10,7% no mês, frente aos 9,60% observados entre setembro e novembro de 2024. Os preços médios por litro do produto também apresentaram pequenos aumentos em todas as categorias analisadas, com destaque para o vinho fino nacional, que subiu de R$ 34,10, em novembro, para R$ 34,78 em dezembro. O vinho de mesa teve variação de R$ 21,36 para R$ 21,60 no mesmo período.

Variação de preço do vinho:

Biscoito

Em dezembro, a taxa de ruptura de algumas marcas e tipos de biscoito atingiu 10,7%, representando um incremento de 2,6 pp em relação ao mês anterior. Esse foi o segundo maior índice verificado em 2024, superado apenas por janeiro, quando o valor foi de 12,1%. Quanto aos preços, o biscoito recheado doce passou de R$ 6,84, em novembro, para R$ 6,91 em dezembro, enquanto o biscoito salgado teve uma variação de R$ 6,57 para R$ 6,77 no mesmo período.

Variação de preço do biscoito:

Bombom

Seguindo a mesma tendência do biscoito, o bombom também registrou forte alta em dezembro, com o índice de ruptura subindo para 9,9%, na comparação com os 8,6% de novembro. O preço médio do produto acompanhou esse aumento, refletindo a crescente indisponibilidade. Desde setembro, quando o preço era de R$ 9,54, o valor não parou de subir, alcançando R$ 10,61 em dezembro e encerrando 2024 com seu preço recorde.

Variação de preço do bombom:

Arroz

Em dezembro, o índice de ruptura do arroz aumentou 1,3 pp, subindo de 10,7% em novembro para 12% no mês seguinte. Quanto ao preço, o arroz branco apresentou queda de 2% sobre o mês anterior.

Variação de preço do arroz:

Açúcar

O açúcar se manteve estável, com uma leve variação de 0,1 pp em dezembro ante o mês anterior. Por outro lado, o preço do açúcar refinado teve um pequeno aumento, subindo de R$ 15,21, em novembro, para R$ 15,26 em dezembro. Já o açúcar cristal passou de R$ 9,29 para R$ 9,34 no mesmo período.

Variação de preço do Açúcar:

O que é ruptura?

Ruptura é um indicador que mostra a porcentagem de produtos em falta em relação ao total de itens de uma loja considerando o catálogo total de produtos. Por exemplo: se um varejo vende 10 marcas de água mineral de 500 ml e uma delas está sem estoque, a ruptura desse produto é de 10%. Calculado com base no mix de cada loja, o índice não considera o histórico de vendas e independe da demanda.

Outro exemplo de ruptura pode ser observado quando o arroz parboilizado deixa de estar disponível no estoque da loja e outros tipos, como o integral, agulhinha ou arbóreo, continuam disponíveis. Em todos os casos, o termo “estoque” considera todo o espaço físico do varejo, incluindo a gôndola e o local de armazenagem para produtos ainda não disponíveis na prateleira.

Notícias Relacionadas
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

DB DigitalReceba no seu email

DB DigitalReceba no seu email