Distribuidor cearense destaca que produtos de higiene continuam puxando vendas

Por Rúbia Evangelinellis

Com uma operação de abastecimento que percorre 124 municípios do estado do Ceará, onde atende quatro mil pontos de vendas (a maioria supermercados), a Jotujé Distribuidora mantém uma marca de crescimento de vendas de 5%, contabilizada a partir de abril e com base no mesmo período de 2019. José do Egito Frota Lopes Filho, diretor comercial da empresa, explica que o consumo, bem como seu impulso, é puxado por produtos essenciais de higiene pessoal e de limpeza.

A empresa comercializa um mix de 1.500 itens, sendo muitos dos quais de higienize pessoal, oral, infantil e do lar. Tem como carro-chefe os produtos Colgate-Palmolive, ou seja, vende desde sabonete e pasta dental até desinfetante, amaciante de roupa, multiuso e álcool aerosol, entre outros. Além desses produtos, também distribui artigos das linhas pet, fitness (como suplementos) e automotivo.

Apesar do incremento, José do Egito prefere adotar a prudência ao falar de um futuro próximo e explica que os esforços são voltados para lidar com a situação do momento. “As vendas estão focadas em produtos essenciais e mais usados nessa fase de combate à pandemia. O crescimento observado está um pouco além do que esperávamos. E sabemos que não é sustentável até o fim do ano”, observa.

Na sua opinião, o auxílio emergencial de 600 reais, destinado à população mais carente, proporciona “um fôlego” ao varejo e, consequentemente, à Jotujé. Em relação a possíveis reajustes de preços, o empresário afirma que, até o momento, pouca pressão existe para isso. Mas alerta que é preciso considerar que diversos itens industrializados têm matéria prima importada e cotada em dólar, que está nas alturas. Ressalta, porém, que a empresa, como o atacado distribuidor de maneira geral, trabalha com estoque regulador de 60 dias, no mínimo, o que evita a pressão imediata de reajuste.

No tocante ao abastecimento, como determinadas cidades do Ceará adotaram medidas mais severas para garantir o isolamento social, controlando inclusive o fluxo de carros, ele explica que por enquanto são situações contornáveis, no que tange à entrega de mercadorias. O problema está na permissão de acesso dos representantes comerciais autônomos. “Portamos uma declaração dizendo que nossos profissionais exercem atividade essencial. Ainda assim, em algumas prefeituras, demanda um tempo para comprovar (a validade do documento). E pode levar até 24 horas de atraso na programação de atendimento”. O empresário explica que trabalha com e-commerce, mas que somente cerca de 5% dos clientes usam o aplicativo.

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