Consumidor busca conectividade com empresas e marcas

O segundo painel da 38ª Convenção Anual do Canal Indireto – ABAD 2018 Atibaia abordou os desafios das empresas frente a consumidores exigentes e conectados e que imprimem uma nova dinâmica de negócios e de atendimento.

A visão desse novo consumidor é compartilhada por Renato Meirelles, presidente do Instituto de Locomotiva, e Fábio Coelho, presidente da Google Brasil, palestrantes convidados.

O encontro contou com ainda com as participações de Júlio Campos, vice-presidente da Unilever, como mediador, e do presidente Emerson Destro, da ABAD. Sob o tema Consumidor do Futuro Conectado, o painel destacou inclusive o perfil dos brasileiros que já demonstram novos hábitos de consumo, sentiram o aperto econômico dos últimos dois anos, e buscam empresas e marcas que ofereçam uma relação de custo x benefício que vá além do aspecto preço e com as quais possa ter maior conectividade e parceria.

Meirelles aponta para a necessidade de observar aspectos que contam prioritariamente na decisão de compra, como o capital cultural e a valorização da sua identidade: “Hoje, a classe C abrange desde o operário da construção civil ao professor de ensino médio com mestrado. E na classe A/B encontramos do vice-presidente de multinacional até o dono de padaria do bairro que ganha R$ 150 mil por mês”, enfatiza.

Fábio Coelho, por sua vez, ressalta que é papel das empresas do setor entender como a tecnologia pode ser relevante para os consumidores, cada vez mais impacientes e abertos às novas experiências de compras. “Eles buscam rapidez, conveniência e produtos melhores e mais baratos”, disse.

Júlio Campos, vice-presidente da Unilever e anfitrião do painel, perguntou ao presidente da ABAD, Emerson Destro, como o atacado distribuidor pode contribuir para que o varejo ganhe mais competitividade e qual o papel do vendedor do atacado com a mudança tecnológica.

Destro explicou que é preciso vencer desafios culturais e romper barreiras, já que o varejo ainda toma decisões segundo um modelo transacional de negócios, baseado na disputa por preço e não na prestação de serviço e consultoria, com ganho de valor agregado. “Algumas empresas já têm uma relação diferente com sua base de clientes, mas ainda são casos isolados. Vejo também a transformação digital no atacado como algo inevitável, que vai acontecer em algum momento.”

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