Um sopro de otimismo
Estamos próximos do fim do ano, e acreditamos que há o que comemorar até aqui: juros em queda desde o meio deste ano, a menor taxa de desemprego registrada desde 2015, inflação em patamares razoáveis e com estimativa de queda. Além disso, tudo caminha no Congresso para que haja a promulgação da reforma tributária ainda este ano.
Nesse cenário, o setor produtivo brasileiro começa a dar sinais de que o ambiente de negócios vai se tornar mais favorável à atividade empreendedora e os marcos legais de um Estado menos burocrático e mais eficiente finalmente podem se concretizar. Sabemos que novos desafios no aguardam, pois adaptações serão necessárias para se adequar à reforma, mas é inegável que fizemos progressos.
Vale lembrar que a reforma tributária contou com diversas contribuições da ABAD e dos setores de comércio e serviços reunidos na UNECS, por intermédio da FCS – Frente Parlamentar Mista do Comércio e Serviços.
Paralelamente à reforma, temos atuado fortemente no legislativo para fazer avançar as pautas que impactam o setor, como a aprovação do PLP 116/23, que veda a incidência de ICMS na circulação de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo contribuinte. Apesar da aprovação de um convênio do Confaz para regulamentar a situação, ficaremos mais seguros com a aprovação da lei.
Para o próximo ano, os olhos devem voltar-se para a reforma administrativa, outro passo fundamental para garantir a eficiência governamental e a sustentabilidade dos gastos públicos. Por compreender a importância do tema, o painel político do Encontro de Valor vai tratar justamente dessa reforma, com a presença de parlamentares que estão atuando nesse debate.
E já que mencionamos o Encontro de Valor, lembro que durante o evento vamos divulgar o resultado da pesquisa Categorias em Destaque, realizada anualmente pela NielsenIQ, que mostra o desempenho das categorias de alto consumo. O estudo, que você pode acompanhar nas próximas páginas, consegue capturar hábitos de compra de diferentes perfis de consumidores, traçando parâmetros para o planejamento da indústria e do atacado distribuidor.
O que podemos dizer é que 2023, afinal, deve terminar melhor do que imaginávamos. Vejamos o que as próximas semanas nos reservam. Na próxima edição da revista, em dezembro, falaremos de nossas projeções para o próximo ano. Que o cenário permaneça favorável!
Leonardo Miguel Severini
Presidente da ABAD