Com olhos voltados para o futuro

Agora, em meados do segundo trimestre do ano, o atacado distribuidor nacional tem bons motivos para se manter otimista. Independentemente das dificuldades, a verdade é que temos números positivos para comemorar e boas perspectivas de uma retomada da atividade logo à frente.

O setor apresentou crescimento de 3% no primeiro trimestre, de acordo com o Banco de Dados ABAD/FIA. Nossa expectativa já era positiva para o período, mas esse bom desempenho foi influenciado pelo aumento do consumo na segunda quinzena de março, quando o consumidor temia o desabastecimento em função da pandemia do novo coronavírus.

O sentimento positivo do setor no início do ano apoiava-se na possibilidade da retomada econômica, uma vez que o País caminhava para se estabilizar na esfera fiscal, com a reforma da previdência e a reforma tributária. Embora essa última tenha sido postergada, avaliamos que o governo conseguiu implementar a tempo as medidas necessárias para contornar a brusca queda de receita de empresas e trabalhadores, evitando o colapso econômico em decorrência da pandemia.

O consumo deverá continuar retraído no segundo trimestre, refletindo a insegurança do consumidor em relação ao futuro e à manutenção de sua capacidade de compra. Mas temos a expectativa de que, uma vez passado o ápice da pandemia, haverá um movimento de retomada impulsionado pelo consumo represado.

Além disso, conhecemos a força e a grande resiliência do nosso setor. Além de trabalhar com produtos de consumo básico pelas famílias, os atacadistas e distribuidores têm, historicamente, superado períodos de crise com galhardia, sempre contribuindo para impulsionar a economia do País.

Um bom exemplo disso é o comportamento do setor desde o início da crise do coronavírus: em nenhum momento suspendemos nossa atividade, nem deixamos de atuar em apoio ao pequeno e médio varejo. Pelo contrário. Graças aos esforços de nossas empresas, garantimos a normalidade do abastecimento de produtos em todos os 5.570 municípios brasileiros.

Outra demonstração da força do setor está patente nos resultados do Ranking ABAD/Nielsen 2020, ano-base 2019, disponíveis nesta edição.

Entre os dados mais notáveis, destacamos o faturamento de 273,5 bilhões de reais, que representa um crescimento nominal de 4,5% sobre 2018. Também mantivemos a significativa fatia de 53% do mercado mercearil nacional. Além disso, a pesquisa indicou que as expectativas de crescimento das empresas se mantêm elevadas para o próximo ano.Com isso, demonstramos mais uma vez que, sendo bons brasileiros, não desistimos nunca. Enfrentamos e superamos as dificuldades com fé, trabalho duro e olhos no futuro. E saímos de cada desafio ainda mais fortes do que quando entramos!

Emerson Destro
Presidente da ABAD

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