Venda do negócio de margarinas da Unilever é marco importante, diz banco

A venda da divisão de margarinas da Unilever para o fundo de private equity KKR, anunciada na sexta-feira, 15, é um marco importante no reposicionamento da companhia, que busca maior crescimento, segundo a corretora Berenberg. O valor da venda, de 6,83 bilhões de euros, é relativamente modesto considerando os lucros da divisão, mas reflete seu crescimento orgânico negativo, disse a corretora.

A Berenberg disse que a agilidade da Unilever em transformar seu modelo de negócios é um dos principais motivos para manter a ação da companhia como sua principal escolha no setor de alimentos. A corretora disse ainda que os recursos obtidos com a venda devem contribuir para um programa de recompra de ações da Unilever em 2018.

A companhia disse em abril que pretendia vender seu negócio de margarinas, como parte de um esforço mais amplo para elevar o retorno aos acionistas. O anúncio foi feito após a Unilever rejeitar, em fevereiro, uma oferta de aquisição de US$ 143 bilhões da Kraft Heinz.

A Unilever vem adquirindo marcas de produtos de consumo de crescimento mais rápido, reduzindo custos, recomprando ações e aumentando dividendos para agradar aos acionistas. A venda do negócio de margarinas “representa mais um passo na remodelagem de nosso portfólio para crescimento de longo prazo”, disse em comunicado o CEO da companhia, Paul Polman.

Na disputa pela divisão de margarinas, a KKR superou os fundos de private equity Apollo Global Management e CVC Capital Partners. Esta foi a segunda maior transação envolvendo empresas de private equity este ano na Europa. O maior negócio do tipo foi a compra, em junho, da operadora de galpões de armazenagem Logicor Europe pela China Investment Corp., por US$ 13,7 bilhões.

O negócio de margarinas, que inclui as marcas Country Crock e I Can’t Believe It’s Not Butter, vem registrando vendas menores na Europa e nos EUA há anos. A falta de aumento de receita fez com que as principais empresas de produtos de consumo não entrassem na disputa, disseram bancos de investimento

Fonte Época Negócios
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