Indústrias de biscoitos, massas, pães e bolos industrializados fecham primeiro semestre em alta

As categorias contempladas pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) alcançaram o número de US$ 82,4 milhões nas exportações no primeiro semestre de 2023, faturamento recorde já registrado no setor para o período. No total, houve 12,2% de crescimento em valor, quando comparado com o mesmo período (janeiro a junho) de 2022.

Com exportações para cerca de 80 países, o projeto setorial de fomento às exportações brasileiras conta com mais de 80 empresas, sendo 70 indústrias participantes do projeto setorial de fomento às exportações brasileiras e as demais compõem tradings ou comerciais exportadoras parceiras das indústrias brasileiras. Entre os países-destaque nas exportações das empresas AbimapiI com crescimento de 2 dígitos em valor e volume no período, estão Estados Unidos, Colômbia e Panamá, mercados-alvo da parceria com a ApexBrasil, além de Portugal, Cuba, Moçambique, Bolívia, Espanha, Malásia, Panamá e Marrocos. 

De acordo com Rodrigo Iglesias, diretor Internacional da Abimapi, metade das empresas da parceria Abimapi e ApexBrasil abriram novos mercados. Cinco dessas indústrias iniciaram exportações de novo item do portfólio e outras 31 tiveram crescimento nas exportações do semestre, ultrapassando a meta estipulada do programa.

“Participamos das principais feiras de alimentos do mundo; nos últimos anos o setor realizou Missões Empresariais para diversos países latinos antes da pandemia: Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Panamá, México e Costa Rica. Assim, com os eventos e encontros de negócios proporcionados, ainda observamos resultados diretos nas exportações”, explica Rodrigo.

Já em volume, houve uma retração de 11,5%, somando 45,5 mil toneladas de produtos vendidos ao exterior de janeiro a junho de 2023. A retração se deve a volta à normalidade nas exportações de itens a países que compraram muito (e de forma abrupta) nos anos da pandemia, caso da Venezuela. Aos poucos alguns mercados passam a normalizar também suas demandas, reduzindo suas compras e reequilibrando seus estoques para atender os consumidores.

Biscoitos

A categoria de Biscoitos movimentou 54% do total em valor do setor com US$ 44,5 milhões, alavancada pelos tradicionais biscoitos de água e sal, rosquinhas, maria, maisena, coco, leite, entre outros sem cobertura ou grãos e castanhas na composição, que lideraram as exportações e atingiram US$ 25,4 milhões e 14 mil toneladas, crescimento em 14,4% em valor frente ao ano passado.

Os integrantes do programa Abimapi International já representam mais de 70% das exportações, assim, de cada 10 biscoitos brasileiros pelo mundo, 7 foram da parceria Abimapi e ApexBrasil. Na vice-liderança, os wafers também garantiram bons resultados e chegaram a US$ 17,4 milhões e 7,4 mil toneladas em volume exportado.

Para Rodrigo Iglesias, os biscoitos são importantes balizadores das vendas internacionais do setor, pois estão entre os itens historicamente mais exportados e distribuídos pelo mundo.

Massas Alimentícias

A categoria de massas alimentícias contou pela primeira vez com as massas instantâneas na liderança de exportações, alcançando US$ 5,6 milhões e 2,3 mil toneladas no período. Além disso, o item ocupa a terceira posição no pódio entre os produtos da cesta Abimapi International. Foram mais de 25% de incremento nas exportações do item das empresas que integram o programa, quase 90% do que o país vende ao mundo. Crescimento que vem ganhando espaço ano após ano.

Já o macarrão grano duro, o mais tradicional do mundo, também ganhou destaque entre os produtos, tendo dobrado o valor e o volume de exportações comparadas ao mesmo período de 2022, representando USD 2 milhões e 2 mil toneladas exportadas.
Menos famosas no mundo, mas tradicionais no Brasil, as massas secas com ovos também atingiram novo patamar nas exportações no 1º semestre de 2023: pela primeira vez superaram US$ 1 milhão e 800 toneladas. Assim como as massas grano duro, as massas secas com ovos dobraram as exportações só no 1º semestre. “Algo expressivo para as empresas do programa Abimapi International”, afirma Rodrigo.

Pães e Bolos

A categoria dobrou no período frente a 2022, sendo liderada pelo pão de forma, que vem ganhando mais e mais espaço no mundo com 1,6 mil toneladas em volume exportado e pouco mais de US$ 2,7 milhões em exportações.

As torradas também se destacaram no semestre. Quase 100% das torradas brasileiras exportadas ao mundo são de empresas do programa AbimapiI International com quase mil toneladas no período. Foram cerca de US$ 2,3 milhões e mil toneladas de torradas de empresas brasileiras do projeto setorial.

Também se observou incremento de outros produtos da indústria, a exemplo dos salgados como pão de alho ou outros aperitivos como salgadinhos de milho, trigo ou polvilho, incluindo alimentos prontos congelados, além de bolinhos e itens semelhantes como o pão de mel. A soma das exportações desses itens dobrou no período frente a 2022, superando a margem de US$ 2 milhões e 500 toneladas. A participação das empresas do projeto nesses itens também cresceu no total exportado pelo Brasil, chegando a 30%.

Por fim, destaca-se o crescimento de 2 dígitos das exportações da farinha de milho, além da tapioca. Somados, os itens vendidos internacionalmente pelas empresas do projeto atingiram US$ 2,2 milhões e 2,8 mil toneladas.

Os panetones não entraram neste levantamento porque as exportações deste item estão apenas iniciando esse mês. “Curiosidade ou não, o Brasil só possui superávit comercial no panetone há pouco mais de 10 anos. O país exporta mais que importa desde 2011. Em 2022, foram mais de 6,3 mil toneladas exportadas e apenas cerca de 300 toneladas importadas.”, conclui Rodrigo.

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