Com frases de efeito como “o Chat GPT é a simbiose entre o oráculo de Delfos e a lâmpada de Aladim” e “em terra de robô quem tem coração é rei”, o publicitário e administrador de empresas, Walter Longo, encantou os presentes abordando técnica e filosoficamente os impactos da IA em palestra proferida no primeiro jantar da 43ª Convenção Nacional Anual da ABAD.
De acordo com o palestrante, embora o assunto Inteligência Artificial tenha nascido nos anos 1970, o tema passou a integrar o cenário global de maneira disruptiva apenas em novembro de 2022, com a chegada do Chat GPT. “E isso foi só o começo, essa é apenas uma entre as milhares de ferramentas que já existem”, disse ele, que aproveitou o momento para apresentar softwares que fazem imagens, vídeos, textos e assistência executiva. “Antes, ter uma assistente executiva era privilégio de CEO, agora, o chefe do almoxarifado pode ter uma”.
Segundo Longo, a revolução não acontece quando a empresa adota novas ferramentas, mas novos comportamentos. “A gestão de qualquer negócio, em qualquer área, é dividir o tempo com sabedoria entre pendências e tendências, mas as pendências são tantas que nos afastam das tendências”, afirmou ele, que durante toda a sua fala destacou a importância do mercado estar atento às mudanças provenientes da inovação. Para o palestrante, as três dimensões da IA são: a tomada de decisão baseada em dados, a maior eficiência com redução de custos e a experiência aprimorada do cliente.
“Temos que sair dessa sala com uma decisão, uma decisão de CPF e não CNPJ: a gente quer continuar sendo normal ou vai virar exponencial?”, lembrando que não se trata de uma discussão sobre função e sim sobre missão. Segundo ele, a reflexão a ser feita é se a humanidade quer utilizar a IA para fazer melhor o que já faz ou para fazer menos do que faz atualmente. “IA é Inteligência Aumentada, não vem para tirar empregos, vem para devolver nossa humanidade”, completou.