Pesquisa revela um novo olhar do brasileiro sobre a democratização das marcas
Marca democrática não é sinônimo de marca acessível. Para compreender a visão dos consumidores sobre essa democratização e a percepção com relação às empresas mais democráticas do país, André Torretta, presidente da consultoria A Ponte Estratégia, apresentou durante o Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente – CONAREC 2016, dados inéditos do estudo ‘Marcas Mais Democráticas’.
A pesquisa, realizada com oito grupos qualitativos – quatro de classes A e B, quatro de classes C e D –, além de entrevistas com 1.200 consumidores, de 25 e 45 anos de idade, entre fevereiro e abril de 2016, utilizou critérios – selecionados pelos próprios consumidores – para classificar uma marca ou empresa como, realmente, democrática.
Tais critérios foram: se o produto precisa ter ligação com o consumidor; ser acessível, promover ações sociais; ter preço e qualidade; ser coerente; apresentar praticidade; promover ações promocionais; oferecer boa logística; ter boa comunicação e estar comunicando em todo lugar.
Os principais resultados* apontam que:
77% deve ter produtos em muitas lojas
76% deve entender em que momento de vida o consumidor está passando
82% deve apoiar a cultura popular
73% precisa contribuir para o crescimento do país (se possui trabalhos sociais, é uma empresa ética, com produtos sustentáveis, etc).
79% precisa ser verdadeira
84% precisa ter respeito pelos consumidores
76% precisa ser amiga (estar próxima e ter uma atitude de parceria com a comunidade)
95% tenha uma boa comunicação
94% deve ser acessível para todo mundo
82% deva fazer ações promocionais
68% deva realizar algum tipo de ação social
67% deva “falar” como todo mundo “fala”.
51% deve se parecer com ela (o consumidor)
*Não é um ranking, trata-se de respostas “sim” e “não” para cada critério.
Quando perguntados sobre as empresas mais democráticas do Brasil, os resultados foram (por segmento): Avon; Bombril; C&A; Casas Bahia; Cerveja Antárctica; Coca-Cola; Fiat; Havaianas; Hering; McDonald’s; Natura; Nestlé; Nike; O Boticário; Omo; P&G; Renner; Riachuelo; Samsung; Skol.
“Ser democrática é estar disponível para todos os consumidores. E as empresas estão incorporando esse princípio. Nos últimos quinze anos, as marcas mudaram a postura e a forma de interagir com o seu público. Há exemplos incríveis de estratégias muito bem desenhadas nesse sentido. Ser democrático é fundamental”, afirma André Torretta. “Isso é reflexo da mudança de comportamento de consumo, sobretudo desta nova geração, os millenials”, destaca Roberto Meir, especialista internacional em varejo e consumo.
FONTES DA PESQUISA:
André Torretta, presidente da consultoria A Ponte Estratégia
Roberto Meir, analista de mercado, especialista internacional em varejo e consumo.