Faturamento do atacado distribuidor cresce 3% no primeiro trimestre

Consumidor teve um comportamento atípico depois das primeiras informações sobre a pandemia do novo coronavírus, o que ampliou os números da segunda quinzena de março, mas o resultado positivo no período já era esperado pelo setor.

O setor atacadista e distribuidor teve um bom desempenho no acumulado do ano, de janeiro a março de 2020. O aumento do consumo na segunda quinzena de março, depois das primeiras informações sobre a pandemia do novo coronavírus, ajudou a elevar o faturamento, mas a expectativa do setor já era positiva para o período, principalmente em relação ao ano anterior. O crescimento em termos nominais nos três primeiros meses de 2020 foi de +3% em relação ao mesmo período acumulado em 2019. Em março, o setor apresentou resultado positivo de +8,47% superior ao mesmo mês de 2019. Em comparação ao mês de fevereiro de 2020, a alta foi maior: +14,61%. Os dados fazem parte da pesquisa mensal da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores, apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração) com um grupo representativo de empresas.

“Antes da pandemia, havia sinais de um ciclo de melhora gradual da economia e, por isso, o resultado positivo no acumulado do ano já era esperado. Agora, depois que a população voltou a consumir normalmente, sem o receio de desabastecimento – em parte porque o governo agiu rapidamente com as medidas de auxílio, mas também porque os serviços essenciais, como o atacado distribuidor, não pararam – temos um grande desafio pela frente”, afirma o presidente da ABAD, Emerson Luiz Destro.

Segundo ele, se de um lado o setor tem o privilégio de atuar com produtos de primeira necessidade; do outro, existe a baixa procura de restaurantes, lanchonetes, padarias e outros transformadores, que estão fechados. “Portanto, a expectativa para 2020 é de um faturamento equilibrado, resultado de um bom primeiro quadrimestre, de um segundo quadrimestre mais difícil e de um terceiro com desempenho melhor, uma vez que o consumo represado no período mais agudo da pandemia deve se normalizar”, prevê.

Emerson Luiz Destro, presidente da ABAD

“Importante frisar que, assim como toda a cadeia de abastecimento, que incluiu a indústria e o varejo, estamos constantemente buscando soluções para enfrentar os desafios que são de todos neste momento. Ao lado dos governos federal e estadual, por exemplo, estamos contribuindo para elaborar medidas de apoio às pequenas e médias empresas e preservar os empregos. Mas é necessário que as autoridades comecem a avaliar um processo gradual de retomada da economia para que o cenário não se complique ainda mais”, conclui Emerson.

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