Cachaça e vodca resistem à crise, aponta estudo da Nielsen

O mercado de bebidas alcoólicas apresenta atualmente retração por conta da situação econômica do país.  Segundo dados da Nielsen, essa retração foi de 4,4% em volume de vendas no ano. Entretanto, mesmo em um cenário desfavorável, duas categorias conseguem ir contra essa maré:  a cachaça e  a vodca.

A queda da cachaça é 11 vezes menor do que o total da cesta de Bebidas Alcoólicas Nielsen (- 0,4%) e da vodca 4 vezes (-2,1%). O crescimento em canais de menor importância para as categorias, como o Pequeno Varejo para vodca (16,2%) e Supermercados para cachaça (10,5%), ajudou a reduzir o impacto negativo da queda no Ponto de Dose* – canal que afeta todas as categorias da cesta.

*estabelecimentos com consumo no local (bares, restaurantes, hotéis, casas noturnas e outros estabelecimentos)

Mesmo o Ponto de Dose sendo ainda o preferido do consumidor para esse tipo de bebida, o consumo no lar representa grande potencial de crescimento, uma vez que 61% dos consumidores brasileiros reduziram os gastos com entretenimento fora de suas casas no segundo trimestre de 2016, segundo pesquisa Nielsen que mede intenções imediatas de gastos. “Com sua baixa performance nos últimos tempos, é importante encontrar formas de usar o canal supermercadista para o crescimento”, pontua Marcelo Fazio, gerente de contas da Nielsen

Quando assunto é preço, a cachaça é impactada pelo canal onde está presente. Dentro do Ponto de Dose, por exemplo,  51,7% do volume de vendas está concentrado na faixa de preço médio por litro entre R$30,00 até R$ 38,70. Já no canal Off Trade**, a faixa entre R$8,00 e R$10,00 do litro representa 53,7% do volume de vendas.

**Varejo onde não há consumo no local.

Para vodca, apesar do volume concentrado no segmento médio da categoria – na faixa de R$ 30,00 por litro no Varejo e R$ 110 por litro no Ponto de Dose – o segmento de baixo preço cresce com marcas ganhando presença em canais menores, e o de maior valor cresce puxado pelo Autosserviço, com incentivo de promoções e rebaixa de valor.

Em relação às regiões no país que mais consomem esses produtos, ainda há uma grande concentração no Sudeste, mas com grande potencial no Nordeste e o Centro-Oeste por meio da contribuição de marcas regionais, concentração de marcas de baixo preço nos diversos canais e sólida presença de marcas nacionais.

 

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