Dengo escolhe interior de São Paulo para nova fábrica de R$ 100 milhões

O bairro rural de Itaquaciara, em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, foi o escolhido para receber a nova fábrica da Dengo, marca brasileira de cafés e chocolates finos. Fruto de um investimento de R$ 100 milhões, a instalação promete aumentar em 500% a capacidade da companhia, permitindo uma produção diária de 24 toneladas de chocolate.

Prevista para iniciar as operações em maio de 2025, a nova fábrica tem o objetivo de suportar os planos de crescimento da companhia, que planeja abrir 240 novas lojas em todo o Brasil nos próximos seis anos. “Até 2030, seremos uma empresa de quatro a cinco vezes maior do que hoje”, afirma Tulio Landin, coCEO da Dengo.

O projeto também vai funcionar como um centro de distribuição. A fábrica atual, que fica na capital paulista, terá as linhas de produção desativadas. Entretanto, parte das áreas administrativas continuará no local.

Além do Estado de São Paulo, a empresa avaliou opções em Minas Gerais, no Espírito Santo e na Bahia – onde está concentrada a produção do cacau utilizado pela empresa. Segundo o executivo, a proximidade com o mercado consumidor, a infraestrutura da região e a qualidade do galpão, localizado no condomínio logístico GLP Régis, foram os principais fatores para a escolha do local.

Próximos passos

Criada em 2017 pelo fundador da Natura &Co., Guilherme Leal, a Dengo opera atualmente 38 lojas nas principais capitais brasileiras, além de duas em Paris. Para este ano, estão previstas cerca de cinco novas lojas no Brasil, todas próprias.

A partir do ano que vem, a ideia é conciliar a expansão com o modelo de franquias, afirma Landin. O executivo conta que a empresa ainda está validando o modelo e que, se tudo evoluir bem, pelo menos metade das 60 lojas abertas nos próximos dois anos será de franquias.

A internacionalização também é prioridade para a companhia. Além de novas lojas na capital francesa, a partir de 2026, a empresa almeja entrar em novos mercados na União Europeia, além dos Estados Unidos.

Mais produtores

Para suportar todo esse crescimento, a rede de produtores de cacau registrados também terá que aumentar. “Para ter um faturamento cinco vezes maior, o número de produtores tem que ser até 10 vezes maior”, diz o executivo. Atualmente, são cerca de 300 produtores, e a expectativa é alcançar cerca de 3 mil, a maioria no sul da Bahia.

“O Brasil é o sexto maior produtor mundial de cacau , e essa ampliação de produção vai permitir uma expansão estratégica e importante nos próximos anos. Além do aumento significativo de lojas físicas, continuaremos com nosso compromisso de promover práticas agrícolas sustentáveis e apoiar as comunidades em todo o Brasil”, diz Landin.

Mercado em ascensão

A expansão ocorre em um momento de ascensão do mercado de chocolates. Segundo dados da Euromonitor, em 2023, esse segmento movimentou R$ 25 bilhões no Brasil, um crescimento de 15% comparando com o ano anterior.

Segundo projeções da Euromonitor International, até 2028 o mercado de chocolates no Brasil pode crescer até R$ 40 bilhões.

No que diz respeito ao consumo, o país consumiu 597.000 toneladas de chocolate no terceiro trimestre de 2023, um aumento de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Fonte: Valor Econômico

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