Henrique Meirelles no Diálogo Unecs: Precisamos restaurar a confiança no governo

“Temos que restabelecer a confiança. Houve uma quebra nessa confiança, que se agrava agora em consequência do quadro eleitoral”, afirmou Henrique Meirelles, candidato do MDB, ao iniciar sua participação no Diálogo Eleitor Unecs. O ex-ministro da Fazenda destacou, entre os resultados obtidos em sua gestão, a geração de dois milhões de empregos em 2017.

Meirelles ressaltou que, nos primeiros cem dias de governo, pretende focar em reforma tributária, reforma da Previdência e choque de produtividade. Acrescentou que a viabilidade das medidas passam pela redução das despesas públicas. “Em 1991, elas representavam pouco mais de 10% do PIB e esse montante dobrou até 2016. O país passou então a trabalhar mais para pagar o governo”, disse, acrescentando que 75% destas despesas são previdenciárias.

Conforme ponderou, o Brasil precisa enfrentar a reforma da Previdência agora para não ter que lidar com uma situação agravada em um futuro próximo. Ainda sobre as reformas, voltou a reforçar a importância do corte de despesas do governo, que deve ser feito por meio de alteração constitucional.

O candidato defendeu também a adoção do melhor da tecnologia para facilitar a relação de particulares com o governo, de forma a proporcionar um melhor ambiente de negócios. “Minha ideia é criar um gabinete digital ligado diretamente ao presidente da República para a análise de soluções”. Deu exemplos de sistemas como o e-social e o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), como casos bem sucedidos de implementação tecnológica com fins de desburocratização.

Sobre o tema urbanismo, o candidato trouxe à tona a questão do transporte público. Segundo Meirelles, nas grandes cidades, o trabalhador gasta cinco horas por dia em deslocamento e a melhoria deste sistema deve passar essencialmente pelo estabelecimento de parcerias público privadas de investimento, para tornar viável o sistema.

Questionado sobre como pretende lidar com a concorrência desleal de grandes corporações internacionais de vendas online frente ao comércio nacional, o ex-ministro pontuou que vê a solução para o tema na tributação adequada e na adaptação do tratamento burocrático para fins de equilíbrio da competição comercial.

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