Setor de biscoitos, massas e pães cresce 4%

A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) registrou crescimento de 4% no volume total da Cesta Abimapi em 2024, segundo dados da pesquisa NielsenIQ feita a pedido da associação.

O Anuário Abimapi 2025, lançado no dia 27 de março, analisa os resultados do estudo e traz entrevistas e reportagens, além de revelar as dinâmicas de cada categoria, delineando um cenário de oportunidades e desafios para os próximos anos de desenvolvimento da indústria alimentícia brasileira.

Claudio Zanão, Presidente Executivo da Abimapi, destaca a relevância do levantamento. “O ano de 2024 representou um período de consolidação e crescimento para o nosso setor no Brasil, como está evidenciado nos dados robustos que divulgamos no nosso Anuário 2025. Este livro é uma ferramenta essencial para que as empresas associadas e tantos outros stakeholders possam compreender as movimentações do mercado, identificar tendências de consumo e tomar decisões estratégicas. É uma fonte fundamental de informações e análises para todos os players, que contribui para o desenvolvimento e a competitividade da indústria nacional.”

Cesta Abimapi cresce

Entre os produtos da Cesta Abimapi, o segmento de biscoitos registrou um aumento de 2,1% em valor, em 2024, totalizando R$ 33,1 bilhões. Em volume, o crescimento foi de 1,6%, ultrapassando 1,5 milhão de toneladas consumidas. A chave para esse sucesso foi a combinação de indulgência, ou seja, a compra que gera o sentimento de recompensa e bem estar, além da praticidade: recheios mais generosos, consumo de cookies em alta e embalagens menores, pensadas para atender desde a fome rápida no trânsito até o lanche planejado do dia. Os biscoitos cobertos de chocolate, os cookies e os importados foram os grandes responsáveis por impulsionar a categoria.

Já o mercado de massas manteve sua importância, com um crescimento de 4,0% em valor, atingindo quase R$ 15 bilhões. Em volume também cresceu 4,9%, com mais de 1,3 milhão de toneladas comercializadas. As massas secas apresentaram um crescimento em volume superior ao valor, influenciado por promoções e pela migração de consumidores das massas instantâneas. A frequência de compra foi afetada pelo preço mais acessível do arroz em 2024, enquanto massas frescas e instantâneas mantiveram uma trajetória de crescimento.

Os pães industrializados tiveram um desempenho notável em 2024: o faturamento aumentou em 8,3%, chegando a R$ 15,5 bilhões, e 791,3 mil toneladas foram vendidas, um crescimento de 6,5%. A expansão da distribuição e a oferta de mais opções e inovações impulsionaram esse crescimento. A inclusão do pão de forma na cesta básica, com redução de impostos, e o bom desempenho de categorias como o pão de queijo também contribuíram para esse cenário positivo.

O segmento de bolos industrializados faturou R$ 2,64 bilhões, um aumento de 7,7% em relação ao ano anterior, e teve um crescimento de 2,3% no volume, atingindo 63 mil toneladas. O aumento de preços e a preferência por produtos de maior valor agregado, como bolos recheados, impulsionaram o crescimento em valor. A categoria também viu um aumento na penetração graças à recuperação econômica e aumento do poder de compra, indicando a entrada de novos consumidores das classes C, D e E, com destaque para o consumo de porções individuais.

Por último, a indústria do trigo iniciou uma recuperação de faturamento em 2024, embora tenha apresentado um cenário misto. Houve um aumento de 5% no volume de farinha de trigo doméstica vendida, mas uma queda de 9,6% no faturamento, de R$ 5,3 bilhões para R$ 4,8 bilhões. “Este descompasso reflete fatores como questões climáticas que afetaram a safra e a crescente segmentação do mercado, intensificando a competição. A expectativa é de retomada do faturamento em 2025 com ajustes de preços”, avalia Claudio Zanão.

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