E-commerce

Novos hábitos

Especialista destaca que as mudanças no consumo são estabelecidas pela troca de canais de vendas e não por marcas

Rúbia Evangelinellis

Foto: Freepik

O crescimento das vendas pela internet remete a um novo hábito de consumo, que vai além da escolha do canal digital e exige atenção do varejo. Ricardo Pastore (foto), coordenador do núcleo de varejo da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing destaca o fato de que, em função da pandemia, um maior número de brasileiros se aproximou de marcas e produtos encontrados no e-commerce. Esse movimento favorece empresas que habitualmente trabalham com a ferramenta virtual e, por isso, conseguem oferecer vantagens e promoções para o shopper.

“O que é preciso analisar é o fato de que os consumidores passaram a ter outras motivações de compras”, observa. A partir daí, acrescenta, eles alteraram as missões de compra, a seleção dos produtos, o tíquete médio de compra e, principalmente, a escolha dos canais de vendas, que favorecem as compras on-line e as lojas de proximidade.

Pastore também destaca que as vendas pelo e-commerce já atingem a marca recorde de 12,6% do varejo, tomando como base o índice MCC-ENET, de maio, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) em parceria com o Movimento Compre & Confie.

Esse dado, segundo informou, prova que grande parte dos consumidores migrou das lojas físicas para o canal on-line de compras.

MIGRAÇÃO

Diante dessa promissora perspectiva para as compras, o especia-lista assinala que as mudanças de con-sumo são estabelecidas pela troca de ca-nais de vendas e não por marcas. “Com a migração, a experiência de compra pode favorecer a mudança de marcas e produ-tos com ofertas e promoções.”

O especialista também alerta para a necessidade de as empresas reverem planos de investimentos que não contemplavam as vendas on-line. “Esse movimento já é perceptível, por exemplo, em redes de varejo que diversificaram o portfólio virtual. Para a loja de proximidade, vale a regra de ouro, de oferecer um mix adequado, redução dos pontos de contato físicos nas compras presenciais e investimento em tecnologia, também oferecendo a oportunidade da compra digital”, acrescenta.

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