Perdas no varejo continuam grandes no Brasil

As perdas nas atividades de comercialização de bens associadas a roubos, furtos e problemas operacionais atingiu a marca de 2,25% do faturamento líquido das empresas varejistas brasileiras, conforme estudo anual divulgado em dezembro/2016 pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR). Doces e bebidas (quase 50%) nos supermercados e calças e tênis nas lojas de moda são os itens mais furtados no varejo nacional. 

As perdas gerais no varejo brasileiro são substancialmente maiores do que as registradas em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, elas correspondem a 1,27%; na Holanda, chegam a 1,48%; na Finlândia, 1,38%; na Alemanha estão em 1,08%; na Noruega, 0,75%; no Reino Unido, 0,89%; na Espanha, 1,33%; e no Japão, 1,35%.

Hoje, porém, o Brasil tem tecnologias e formas de gestão de equipe e processos que podem diminuir as perdas no varejo em até 80%. Em períodos de crise econômica, é vital investir em tecnologia para reduzir as perdas de mercadorias, oriundas de furtos internos e externos e, consequentemente, aumentar os lucros. Para evitar uma significativa redução na rentabilidade do negócio, a prevenção de perdas precisa ser colocada em prática, preferencialmente no primeiro mês do ano, para que a equipe esteja bem preparada, principalmente antes das grandes datas comerciais. 

Segundo Luiz Fernando Sambugaro, diretor de Comunicação da Gunnebo Brasil e especialista em prevenção de perdas no varejo, os supermercados reportam uma expressiva perda de 2,26% sobre o faturamento. “A partir deste valor, cada um faça a sua conta e veja o tamanho do possível prejuízo”, diz. No segmento de Perfumaria e Magazine, os índices gerados por furto interno e externo estão na proporção de 70% e 68%, respectivamente. “Não importa aqui qual o índice, mas a causa dele”, acrescenta. Nas drogarias esse índice chega a 38,5%, mas ele tende a aumentar quanto mais tais estabelecimentos se transformarem em lojas de conveniência e perfumaria, destaca o especialista.

Segundo ele, mais que nunca a Prevenção de Perdas precisa ser conduzida, apoiada e estruturada de cima para baixo, com estratégias corporativas dentro de seu “modus operandi”, com claros objetivos e metas e um completo envolvimento de toda organização.

Para Sambugaro, para um bom gerenciamento das perdas é essencial considerar três pontos: tecnologia, pessoas e gestão (normas e procedimentos). A tecnologia deve ser atualizada, compatível com o nível do negócio, de origem confiável e de razoável custo-benefício favorável ao empreendimento. Por outro lado, é necessário ter bons funcionários, treinados e atualizados, alinhados com os objetivos da empresa e conscientes das potenciais perdas inerentes ao negócio, para que possam contribuir com a redução. Outro ponto é ter uma boa gestão, com normas e procedimentos, pois é ela que dará a direção e a forma de se cumprirem as atividades da empresa, em todas as áreas.

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