Atacado paulista se recupera e cria 127 empregos em fevereiro, aponta FecomercioSP

Depois de extinguir mais de 3 mil empregos em dezembro de 2016 e janeiro deste ano, o setor atacadista do Estado de São Paulo se recuperou em fevereiro, ao abrir 127 novos postos de trabalho, resultado de 14.363 admissões e 14.236 desligamentos. O resultado também é superior ao apurado em fevereiro de 2016, quando foram perdidos 1.704 empregos. Com isso, o atacado paulista encerrou o mês com 491.215 trabalhadores com carteira assinada, queda de 1,1% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado. Vale ressaltar, porém, que essa taxa de retração vem diminuindo mês a mês após atingir o auge em março de 2016 (4,0%). 

Os dados são da Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentação declaradas pelas empresas do atacado paulista. As informações mostram o nível de emprego do comércio atacadista em dezesseis regiões e dez ramos de atividade. A FecomercioSP passou a acompanhar tais dados em fevereiro de 2016.

Das dez atividades pesquisadas em fevereiro, apenas três apresentaram aumento no estoque de empregos na comparação com o mesmo mês de 2016. Foram elas: produtos farmacêuticos e higiene pessoal (2,2%), energia e combustíveis (1,3%) e alimentos e bebidas (0,6%).

Em contrapartida, os destaques negativos foram os segmentos de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (-4,1%), materiais de construção, madeira e ferramentas (-3,8%) e máquinas de uso comercial e industrial (-3,7%). 

 

Entre as 16 regiões analisadas pela pesquisa, oito registraram saldo positivo de empregos em fevereiro, com destaque para a Capital (369 vagas), Marília (216) e Ribeirão Preto (126). Já os piores desempenhos do mercado de trabalho foram observados na regiões de Osasco (-476 vagas), Sorocaba (-111) e Araraquara (-46).

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o mercado de trabalho do comércio atacadista do Estado de São Paulo começa a mostrar de forma prática sua trajetória rumo à estabilidade. Por mais que haja melhores horizontes após um período de profunda retração do estoque ativo de trabalhadores, a Entidade pondera que são apenas 127 vagas criadas, montante ainda insuficiente.

Nos próximos meses, a Federação espera que o número de admissões e de desligamentos sejam muito próximos, caracterizando pequenas variações do estoque de trabalhadores. Será necessária uma recuperação mais generalizada do consumo das famílias e melhores resultados das vendas do varejo para que se alavanque o faturamento e os investimentos do setor atacadista.

Atacado paulistano

Foram criados, em fevereiro, 369 empregos com carteira assinada no comércio atacadista da cidade de São Paulo. Com isso, a ocupação formal atingiu 204.851 empregados. Já o saldo acumulado dos 12 meses ficou negativo em 1.880 empregos, o que levou à diminuição de 0,9% do estoque total de trabalhadores na comparação com fevereiro de 2016.                                                                                                              

Entre as dez atividades analisadas, os únicos saldos negativos do mês foram encontrados nas atividades atacadistas de alimentos e bebidas (-52 vagas), e de materiais de construção, madeira e ferramentas (-72 vagas). Por outro lado, o atacado de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (+245 vagas) e papel, resíduos, sucata e metais (+109 vagas) mostraram os avanços mais significativos.

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado) analisa o nível de emprego do comércio atacadista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e dez atividades do atacado: alimentos e bebidas; produtos farmacêuticos e higiene pessoal; tecidos, vestuário e calçados; eletrônicos e equipamentos de uso pessoal; máquinas de uso comercial e industrial; material de construção, madeira e ferramentas; produtos químicos, metalúrgicos e agrícolas; papel, resíduos, sucatas e metais; energia e combustíveis; e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentação declaradas pelas empresas do atacado paulista.

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