Diálogo Unecs com candidatos à Presidência da República começa em Brasília

O Diálogo Eleitor, promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), teve início agora há pouco, em Brasília, no auditório Santa Cruz do Centro de Eventos Brasil 21. O presidente Paulo Solmucci fez a abertura do evento que contará, ao longo desta terça-feira, com cinco candidatos à Presidência da República, que apresentarão propostas para a modernização do ambiente de negócios e empreendimentos no país. Os participantes serão Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), representando o ex-presidente Lula.

Solmucci ressaltou que o diálogo do dia de hoje se dará entre candidatos e a sociedade, “e não entre candidatos e pessoas jurídicas”. O presidente da Unecs observou ainda que as eleições ocorrem em um ambiente de confusa estrutura político-partidária. “Eis aí o desafio da reforma política. Aliás, desafios não nos faltam. Reforma da previdência, simplificação tributária, combate ao contrabando, competitividade no sistema financeiro, saneamento básico, modernização das estruturas de saúde e educação. O leque é extenso”, observou Paulo Solmucci.

O primeiro participante do Diálogo Unecs com candidatos à Presidência da República, Álvaro Dias, afirmou que, apesar dos avanços no combate a corrupção, “há uma guerra que precisa ser travada contra um modelo de política que arrasou o Brasil”. Segundo o candidato, “os fracassados são os governantes e não o povo”.

O presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Emerson Luiz Destro, foi o primeiro a dirigir perguntas ao candidato. Destro questionou quais seriam as medidas a serem tomadas, nos primeiros cem dias de governo, para controle de despesas e aumento da eficiência do Estado.

Álvaro Dias mencionou que seu plano de governo inclui 19 metas, que englobam reformas como a da Previdência e o corte de despesas para zerar o déficit público. “No primeiro ano, nosso objetivo é corte de 10% em todos os gastos. No segundo ano virá o ajuste fiscal, com orçamento base zero, a partir da análise e justificativa de cada gasto.” Reforçou ainda que, “se a corrupção for eliminada, a redução de gastos será ainda maior.”

Em seguida , Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae Nacional, dirigiu questionamentos ao candidato sobre os planos de um possível governo do Podemos para a melhoria do ambiente de negócios.

Álvaro Dias afirmou que a meta 16 do plano mencionado aborda a desburocratização dos procedimentos entre particulares e o Estado, com 365 medidas como, por exemplo, a facilitação para obtenção do CNPJ. De acordo com Dias, é imprescindível que seja facilitado o processo formal de abertura de empresas.

João Sanzovo Neto, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) deu sequencia às perguntas e inquiriu quais ações seriam adotadas para que as cidades se tornem lugares melhores para se viver e empreender. “Execução de obras em parcerias público privadas e a gestão competente por meio de concessões são indispensáveis”, observou Dias. Ele citou o exemplo de obras que são objeto de discussão há anos dentro da sociedade, como a despoluição da baía da Guanabara, na capital fluminense, que “não saem do papel.”

O presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Pinheiro, dirigiu a Álvaro Dias suas preocupações quanto à proteção de fronteiras, a fim de evitar-se o mercado ilegal originado com o contrabando.

Para o candidato do Podemos, financiamento, capacitação e politicas de Estado de segurança pública devem priorizar as zonas de fronteira. “As fronteiras estão abertas para o crime. É preciso Investimento em inteligência, a fim de coibir-se os efeitos que essa criminalidade causam”, disse.

O Diálogo Eleitor segue com transmissão ao vivo pela internet no www.dialogoeleitor.com.

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