Atacado acumula crescimento nominal de 6,24% até novembro

De acordo com a pesquisa mensal Banco de Dados, apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração) para a da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), o setor atacadista e distribuidor encerrou o período de janeiro a novembro de 2016 com faturamento 6,24% maior do que o mesmo período de 2015, em termos nominais. O dado de novembro foi melhor do que o dado de 2015 para o acumulado do ano, quando o crescimento registrado foi de apenas 0,06% sobre novembro de 2014.

Também em termos nominais, na comparação com novembro de 2015 o crescimento foi de 4,06%, enquanto a comparação entre novembro e outubro mostrou alta de 4,56%.

O levantamento leva em consideração o faturamento de um conjunto representativo de empresas que fornece números preliminares sobre o setor.

Em termos reais (deflacionados), o faturamento foi positivo frente a outubro (4,37%), ainda que tenha registrado queda de -2,74% em relação a novembro do ano anterior e de -2,47% entre janeiro e novembro, ante o mesmo período de 2015.

Como os preços de atacado não estão diretamente relacionados à inflação para o consumidor, a entidade ressalva que os dados deflacionados não refletem com exatidão o real desempenho do setor, embora assinalem uma tendência.

 

Sinais de recuperação

Mesmo que o faturamento esteja abaixo da inflação oficial do período, a ABAD observa que o Banco de Dados de novembro apresenta melhora progressiva no último quadrimestre do ano, nas comparações de cada mês em relação ao mês imediatamente anterior.

Apesar da base de comparação baixa, o indicador aponta uma lenta reação, mesmo que não seja possível, ainda, determinar se a tendência irá permanecer.

“O mês de novembro, como todo o ano de 2016, foi bastante atípico. Varejistas e consumidores estiveram mais retraídos e, mesmo com o resultado positivo sobre o mês de outubro, o desempenho das vendas ficou aquém do que se esperava para o mês”, diz o presidente da ABAD, Emerson Destro.

Como a maioria dos segmentos econômicos, os agentes de distribuição acreditam que o consumo deverá reagir ao longo de 2017, caso as medidas de incentivo ao aquecimento econômico comecem a surtir efeito ainda no primeiro semestre.

“Se a retomada tomar impulso apenas na segunda metade do ano, o emprego e consequentemente a renda talvez não reajam a tempo para alterar os resultados de 2017, empurrando o crescimento para 2018. Mas confiamos na efetividade das ações do governo, assim como na capacidade da iniciativa privada de encontrar soluções para movimentar os negócios e impulsionar a economia”, afirma Destro. “A ABAD e as empresas do nosso setor estão trabalhando com esse foco”, completa.

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