Ranking ABAD/Nielsen - Quartil

Maiores puxam alta

No quartil dos 25% do total de respondentes que tiveram os maiores faturamentos, a taxa de crescimento alcançou 29,5%

por Rúbia Evangelinellis

Entre as empresas respondentes ao Ranking e pertencentes ao grupo que concentra as 25% que tiveram o faturamento mais elevado, a maior taxa de crescimento obtida foi de 29,5%. Por região, destaca-se no Norte o maior salto positivo, de 46,3%, seguido pelo Centro-Oeste (39,6%), Nordeste (29,8%), Sudeste (28,3%) e Sul (12,7%).

Foi um resultado superior ao incremento registrado na média nacional, que, considerando-se os quatro quartis, foi de 20,7%.  O levantamento compara os faturamentos (registrados pela sede das pesquisas) em 2020 e em 2019, e reverte o movimento observado na edição passada do estudo, quando as variações mais altas centralizadas nas companhias de médio porte igualaram 10,2% e 10,9% nos quartis dois e três, respectivamente.

Foi, na verdade, “uma virada” o que ocorreu em 2020, avalia Nelson Barrizzelli, coordenador de projetos da FIA – Fundação Instituto de Administração, considerando-se que nos anos anteriores o crescimento estava concentrado no terceiro e/ou  quarto quartis: “Esse viés foi interpretado enfatizando-se que as pequenas empresas regionais estavam dando mais atenção à sua própria área de atuação que à das grandes, e podiam operar com mais eficiência do que essas últimas, e que vinham de longe para atender os mesmos clientes, e, portanto, o faziam com menos eficiência.”

Porém, com os transtornos provocados pela covid-19, acrescenta, dois fatores devem ter influenciado os resultados das empresas. Um deles diz respeito às dificuldades operacionais que as pequenas e as pequenas e médias empresas tiveram para atender seus públicos, em função de constantes mudanças por parte das autoridades na abertura e no fechamento dos negócios.

“Por exemplo, quem trabalha especialmente com food service ou com produtos de beleza viu a maior parte dos clientes fechados durante bons meses de 2020 e teve queda nas vendas”, destacou. Barrizzelli também ressalta outro movimento, que favoreceu as grandes empresas – abastecedoras inclusive de supermercados, pois elas se mantiveram abertas durante o ano inteiro.

DB DigitalReceba no seu email

DB DigitalReceba no seu email