A distribuição com entrega permanece no topo da lista dos modelos de negócios adotados por empresas do canal indireto. Combinadas ou não a outras operações, mostra o vigor ao representar 45,5% do faturamento médio das respondentes. Em segundo lugar, seguindo o mesmo parâmetro de análise, ou seja, sem contar a megaoperação do Atacadão, o atacado generalista com entrega surge como o segundo de maior relevância no total de vendas, com 35,3%. Já autosserviço generalista marca presença com 13,8% e o atacado de balcão, com 4,2%.
Quando a análise se debruça sobre os números, considerando a gigante do cash & carry, o atacado generalista de autosserviço assume a liderança com 36,5% de contribuição no faturamento geral. Apesar do crescimento de participação do modelo em questão, também aqui a distribuição com entrega aparece em evidência, com 31,4%, e o atacado generalista com entrega, com 28,4%.
O levantamento mostra, sobretudo, o significativo volume de respondentes com serviço de entrega. São 539 distribuidores e 425 com operação de atacado generalista. Já 239 empresas atuam como atacado de balcão, 108 como atacado generalista de autosserviço e 69 como agentes de serviços.
ROTA ORIGINAL
O Grupo Pegoraro – Deycon tem na sua essência a operação de distribuição, iniciada há 48 anos, como um tímido negócio em Joaçaba (SC). A pequena pastelaria, que vendia doces, passou, primeiramente, a distribuir para a Lacta. Arriscou alguns passos com outra operação, mas decidiu voltar à rota original, por entender o valor de investir em um campo em que conhecia. “Houve um tempo em que tentamos trabalhar com o atacado, mas não conseguimos operar. Fugia muito do nosso DNA”, diz Maycon Pegoraro, diretor-comercial.
Hoje, o negócio da família Pegoraro prosperou e se apresenta como uma empresa com oito centros de distribuição, uma carteira de 71 mil clientes ativos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso. A distribuidora tem parceria com 25 fornecedores e trabalha com um portfólio de seis mil itens.
Maycon Pegoraro considera vantajosa a operação de distribuição para todas as partes envolvidas e entende que trata-se de uma área com grande potencial para evoluir. “Atuamos como prestador de serviços para a indústria e para o varejista. Vamos além da operação transacional e buscamos oferecer melhor mix, garantir pós-venda, margem, rentabilidade e outros aspectos.”
O executivo observa, porém, que a operação exige olhar atento ao varejo e o apoio da área comercial e de promotores aos clientes. Além disso, proporciona ao varejo a oportunidade de ter equipe treinada de trabalho. Destaca ainda que a dimensão territorial do Brasil, multicultural, mostra que existe oportunidade de negócios para todos os modelos de operação, diante da necessidade de se adaptar a cada região.
