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Bebidas Alcoólicas

Por Adriana Bruno, Claudia Rivoiro e Rúbia Evangelinellis

CACHAÇA
Aposta no destilado premium

A embalagem de vidro da cachaça é a preferida dos consumidores, representando 68% do total faturado com a categoria. A cachaça obteve crescimento em valor, mas apresentou queda em volume.

O estudo aponta o Nordeste como a região de maior contribuição para o resultado, com participação de 29%, seguido pelo Sul, com 21%.

Marina Flávia, head de marketing e trade marketing da Companhia Müller de Bebidas, avalia o mercado de cachaça como estável:

“É um destilado preferido para o consumo em dose ou em drinks nos bares/ponto de dose.”

A empresa aposta no potencial do mix de cachaças extra premium, que são variedades que conquistam cada vez mais espaço no mercado.

“É um produto mais sofisticado e para os verdadeiros apreciadores de uma boa bebida”, conclui Marina.


CERVEJA
Dose caprichada

A cerveja é indispensável na gôndola do varejo. Apesar de apresentar um resultado positivo em faturamento praticamente nulo quando comparado à retração em volume de vendas, a categoria atrai clientes e impulsiona a comercialização de outros produtos.

Exceção feita ao Grande Rio, todas as demais regiões pesquisadas registraram alta. A bebida em lata é a preferida, com 64% de contribuição do resultado em valor.

Segundo Francisco Souza da Silva, consultor de varejo, a escolha de cerveja, por rótulo e embalagem, segue uma tendência de escolha regional, mesmo dentro de um determinado estado:

“Mas, independentemente de o varejo vender mais latinhas em uma cidade ou latão em outra, garanto que a variedade pilsen domina o mercado e tem elasticidade de preço, embora a Heineken (classificada como pale lager) também venda muito. Eu já oriento os clientes do varejo a comprar a bebida para as festas de fim de ano, para evitar a logística complicada de reabastecer a bebida quando o consumo aumenta.”


UÍSQUE
Resiliência para trabalhar

A categoria de uísque apresentou dados pouco animadores neste estudo anual, que comemora a sua nona versão. Enquanto no ano passado os números de valor/volume chegaram a 14,8%, e as vendas/valor foram de 26,2% no total faturado, em 2024 a apuração foi de -4,1% e 7,5%, respectivamente.

Já na importância em valor dos segmentos, o produto importado se mantém na casa dos 80% da preferência. Na variação de vendas/valor, o importado alcançou 10,9%, enquanto o nacional registrou -6%, segundo o estudo apresentado pela NielsenIQ.

Para o empresário José Rodrigues da Costa Neto, diretor-presidente do Grupo JC Distribuição, que trabalha a categoria há anos, o segmento de destilados, especialmente o de uísque, tem se mostrado resiliente, mas ajustando-se ao bolso dos consumidores, com alterações de acordo com a segmentação e o local de consumo:

“No autosserviço, a categoria com embalagens menores tem crescido mais, a de 750 ml em especial, e o cliente tem buscado se manter fiel à sua marca preferida e com menor desembolso. A volatilidade cambial e o frete marítimo contribuem para a comercialização da categoria, pois as programações são feitas por um tempo maior, e a oscilação dessas condições dificulta um bom planejamento de quem trabalha com a categoria. Os números apresentados pela pesquisa representam a realidade que atravessamos”, explicou.

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