De volta ao (novo) normal

À medida que vamos assumindo um novo estado de normalidade, com adaptações na vida cotidiana e nos negócios, conseguimos vislumbrar mudanças benéficas que vieram para ficar.

Como também está acontecendo em outros países do mundo, o varejo de vizinhança ganhou um papel de destaque ainda maior entre os consumidores neste período de isolamento social, uma vez que proporciona proximidade e conveniência, e contribui para reduzir a circulação de pessoas, atendendo às diretrizes dos órgãos de saúde.

Muitos dos pequenos e médios varejistas viram seu movimento aumentar. Em grande parte, o bom desempenho é fruto da atuação do atacado distribuidor, que desde o início da pandemia, em parceria com a indústria, vem abastecendo os estabelecimentos de maneira ininterrupta, garantindo a disponibilidade de produtos e repassando as ofertas que caibam no bolso do consumidor.

Nesse caminho para o “novo normal”, investimos na divulgação de protocolos de funcionamento voltados para a orientação do comércio. É preciso destacar a importante iniciativa do Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, que elaborou um material completo para micro e pequenas empresas, dividido por segmento de atuação. A ABAD também disponibilizou um material próprio, com recomendações aos atacadistas e distribuidores e instruções específicas para o varejo.

No processo de retomada, entretanto, os canais de vendas estão enfrentando diferentes realidades. O segmento de bares e restaurantes, 100% abastecido pelo setor, é um dos mais atingidos pelas medidas de restrição na pandemia. Com as portas fechadas há mais de três meses e com queda média de 80% no faturamento, eles precisam de apoio para se reerguer e superar a crise.

Pensando no equilíbrio de toda a cadeia, a ABAD está lançando junto aos parceiros da indústria, com o apoio de outras entidades, uma campanha nacional que se empenhará em minimizar o forte impacto econômico sobre as atividades dos estabelecimentos de alimentação fora do lar. Em carta direcionada aos fornecedores tradicionais desse segmento, sugerimos medidas como ampliação de prazo para pagamento de faturas, promoções e preços menores. Um movimento solidário e colaborativo que vai fortalecer todos nós.

Ao lado da Unecs – União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços, a ABAD também está atuando intensamente para que as linhas de crédito do governo cheguem na ponta, ajudando esses pequenos comércios a sobreviver. A criação do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e a prorrogação da medida provisória 936, que permite a redução de jornadas e a suspensão de contratos, são dois bons exemplos da importância dessa atuação junto ao Executivo e ao Legislativo para dar suporte ao setor produtivo.

E, assim, atuando sempre em estreito alinhamento com seus parceiros – varejo, indústria e outras entidades setoriais – o setor representado pela ABAD está contribuindo de maneira significativa para que a economia do País retorne à normalidade. Acreditamos que a retomada já começou e estamos prontos.

Juntos, solidários e colaborativos, estaremos fortes como nunca!

Emerson Destro

presidente da ABAD

Emerson Destronovo normal
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