Acredita que a entidade, criada em 2014, tem cumprido o seu papel?
A Unecs tem cumprido seu papel desde a sua fundação. A sua atuação ao lado da Frente Parlamentar do Comércio, Serviços e Empreendedorismo tem sido efetiva e determinante na defesa do setor no parlamento. Aproveito para destacar e parabenizar em especial George Pinheiro, pelo trabalho desenvolvido durante o período mais crítico da pandemia da Covid-19. A entidade representa as nove principais entidades do setor de comércio e serviços, que, juntas, somam 15% do PIB do país e 65% das operações de crédito e débito, além de serem responsáveis por 27 milhões de empregos diretos.
Quais devem ser as prioridades da em 2021?
As prioridades em 2021 acompanham a pauta deliberada pelas entidades associadas. Atuaremos incansavelmente pela aprovação de uma reforma tributária concreta, priorizaremos também pautas que irão melhorar o ambiente de negócios no país, como o avanço nas flexibilizações das relações trabalhistas. Em nossa pauta prioritária temos ainda a Lei Geral de Proteção de Dados, principalmente para evitar que ocorram flexibilizações que fragilizem a lei. O prolongado cenário de crise vem prejudicando significativamente a atividade econômica no Brasil. Diante disso, são necessários novos programas de renegociação das dívidas fiscais, proporcionando fôlego aos mais prejudicados e auxílio para a retomada econômica. Além, é claro, da necessidade de se criar soluções temporárias que aumentem a oferta e reduzam o preço do crédito no Brasil.
Como avalia a possibilidade do aumento da carga tributária e como pretende conduzi-la?
A Unecs defende e trabalha para que não ocorra aumento da carga tributária, para não onerar ainda mais o já custoso Sistema Tributário atual. No momento, a revisão do nosso sistema tributário é a questão central.
A pandemia afetou a economia brasileira. Existe uma receita para retomar o crescimento?
É fundamental que a agenda das reformas seja cumprida o mais rapidamente possível. As reformas administrativa e tributária são os pilares para o retorno do crescimento econômico. A pandemia continuará afetando economicamente todo o mundo, por isso torna-se fundamental a união de esforços para juntos buscarmos alternativas e soluções que possam amenizar os impactos da crise, como acesso ao crédito e a aprovação de medidas emergenciais de apoio às empresas de todo o país. Sem isso, será difícil mudarmos o cenário do desemprego do país, que tanto impacta na crise econômica e social. A preocupação com a saúde pública nos ensina que manter os cuidados preventivos ao aumento do contágio, a vacinação e a imunização da população para enfrentamento da pandemia são primordiais para salvar vidas e possibilitar uma convivência segura. Com isso, para retomar o crescimento nesse momento, é necessária a disponibilização de recursos financeiros menos custosos para o acesso ao crédito que gerem novos investimentos, consumo do que está sendo produzido, comercializado e prestado em serviços.
Quais ações são necessárias para fazer frente às dificuldades enfrentadas pelas empresas desde março de 2020?
As ações necessárias já têm sido realizadas desde o início da pandemia, quando a Unecs se antecipou e manteve diálogo constante com os órgãos do governo federal em prol da adoção de medidas urgentes de socorro econômico às empresas afetadas. Conforme a pandemia se mantém, faz-se necessário dar continuidade à essas ações como a suspensão do contrato e redução do salário e jornada de trabalho, nova rodada de liberação do auxílio emergencial à população, novas linhas de créditos e a aprovação das reformas conjunturais, como a tributária, administrativa. Outro ponto importante são as modernizações trabalhistas, que irão garantir a manutenção de milhões de empregos.
