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Comitê ABAD

E-commerce: um caminho sem volta

A entidade prepara um marketplace para integrar as empresas atacadistas e distribuidoras no comércio digital

Ana Paula Alencar

O comércio digital é uma realidade que se impõe com uma velocidade cada vez maior no mundo todo, e os canais de venda digital também vêm crescendo a passos largos no Brasil, em especial entre players do varejo, segundo o especialista Eduardo Terra.

“O e-commerce representa, para o consumidor final, cerca de 6% de todo o varejo brasileiro, e a pandemia do Covid-19, ao impor a permanência das pessoas em suas casas, impulsionou o hábito de realizar compras on-line e acelerou ainda mais esse processo, fazendo com que o canal crescesse em apenas cinco meses o que estava pre-visto para cinco anos”, diz Terra.

De acordo com uma pesquisa realizada pela ABAD com atacadistas e distribuidores de todo o Brasil, 48% das empresas ainda não contam com o e-commerce e, entre as que já o utilizam, 74% afirmam que o faturamento desse canal corresponde a, no máximo, 5%do faturamento total. A pesquisa também indica que 89% participariam de um marketplace organizado pela ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores.

O levantamento apenas ratificou a intenção de levar adiante o projeto. Por isso, em julho deste ano, a entidade deu início à criação de um marketplace específico para o setor. “É um momento histórico para a Associação e para o Canal Indireto”, dis-se o presidente da entidade, Emerson Destro, ao abrir a primeira reunião do Comitê ABAD Marketplace, realizada virtualmente com a participação de diretores, presidentes de filiadas e integrantes do GAJS.

O Comitê, liderado por Destro e pelo vice-presidente Leonardo Miguel Severini, tem a coordenação técnica de Eduardo Terra, presidente da SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, German Quiroga, ex-CEO da Nova Pontocom e fundador da Operação Virtual das Lojas Americanas, e Oscar Attisano, superintendente-executivo da ABAD.

Foram realizados quatro encontros, realizados em julho, agosto, setembro e novembro. “Elaboramos um planejamento em quatro estágios. No primeiro momento, mapeamos completamente setor; no segundo, mostramos cases e modelos nacionais e internacionais; no terceiro, testamos caminhos e hipóteses para começar a definir um modelo para o Marketplace ABAD; e agora, depois dessa calibragem, vamos apresentar quatro soluções possíveis para a entidade”, explica Terra.

Terra: os canais de venda digital vêm crescendo a passos largos no Brasil

A premissa principal consiste em ajudar a desenvolver esse novo canal de vendas e garantir a inclusão das empresas do setor, independentemente do porte ou de qualquer experiência prévia no e-commerce, por meio de um sistema democrático, com regras claras, que ajudam a construir uma relação ganha-ganha, destaca o presidente da ABAD. O papel da entidade, ao conduzir esse processo, consiste em garantir transparência, isonomia e eficiência.

“Por considerar que esse é um assunto estratégico, decidimos assumir a liderança para acelerar o processo de digitalização do canal e garantir que o controle fique nas mãos de uma entidade e não de uma empresa privada, que certamente não teria o mesmo compromisso de equacionar as diferenças”, explica Destro.

Para Eduardo Terra, um dos gran-des desafios desse projeto consiste em coordenar todos os interesses en-volvidos, uma vez que, entre as em-presas do setor, há modelos, níveis de digitalização, focos, tamanhos e po-sicionamentos comerciais diferentes. Outro desafio é o de fazer a inclusão de quem ainda não é digital.

O Marketplace ABAD também irá permitir ao varejista acessar várias ofertas do atacado reunidas em um mesmo local, de maneira simples, 24 horas por dia, sete dias por semana; e também contemplar as necessidades dos agentes de distribuição, com cus-tos de participação acessíveis.

“Em um primeiro momento, esta-mos falando sobre um canal de vendas complementar, capaz de permitir um aculturamento gradual do setor e dos seus clientes varejistas. Mas não podemos prever como ele será, por exemplo, dentro de cinco anos. Pode ser que o canal digital venha a se tornar o principal e substitua outros canais, como o televendas”, avalia Terra.

O Marketplace, contudo, não virá para substituir o representante de vendas. “A proposta é que o RCA man-tenha sua carteira de clientes e possa até mesmo aumentá-la com estratégias digitais e informações significativas sobre os hábitos de compra. Dessa maneira, ele assume verdadeiramente o papel de consultor de vendas”, pontua Destro.

Para obter mais informações sobre o Marketplace ABAD, envie um e-mail para Oscar Attisano (oscar@abad.com.br).

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