Diferentemente do 1º trimestre de 2019, quando a indústria (71%) registrou maior otimismo em novos investimentos ao longo do ano, no 2º trimestre foi o comércio (53%) que se mostrou mais otimista quando questionado se pretende investir no próprio negócio.
Serviços (49%) e Indústria (44%) vieram na sequência, respectivamente. A constatação é da Pesquisa Perspectiva Empresarial feita pela Boa Vista, com cerca de mil empresários, em todo o país.
Ao comparar os tipos de investimentos, a pesquisa constatou que “Tecnologia” supera “Pessoal e Força de Trabalho” e “Novos Produtos e Serviços”, de um modo geral.
Já quando comparados os investimentos por setor, tecnologia parece ser prioridade para o comércio que registrou um aumento de 7p.p. (pontos percentuais). Na indústria, investir em “Tecnologia” se manteve similar entre os trimestres. E em Serviços, apesar do investimento ser maior em “Tecnologia” no 2º trimestre, o setor registrou queda se comparado ao 1º trimestre.
Faturamento
De acordo com a pesquisa, a perspectiva de faturamento piorou entre todos os setores, com destaque para a Indústria que apresentou queda de 77% para 56% (2ºTri18 versus 2ºTri19) dos que esperam faturar mais. Já no Comércio, a expectativa de faturar mais caiu de 65% para 61%, e de 69% para 56% entre os empresários do setor de serviços.
Inadimplência
Cresceu de 12% para 28% o percentual de empresários da Indústria que esperam por um aumento na inadimplência do negócio no decorrer do ano. A perspectiva de dificuldades para manter as contas em dia também aumentou para os empresários do Comércio, de 14% para 21%, e de Serviços, de 15% para 22%.
Endividamento
A perspectiva para a diminuição do nível de endividamento no 2º trimestre de 2019 caiu no setor da Indústria (de 48% para 39%). O comércio é o mais otimista e registra crescimento de 4 pontos percentuais (de 43% para 47%). Para a Serviços, o percentual se manteve estável (47%).
Busca por crédito
Na comparação entre o 1º e o 2º trimestre de 2019, também se observou maior intenção de demandar crédito, principalmente na Indústria (aumento de 18p.p). O comércio também demonstrou maior intenção (de 44% para 48%). A exceção é o setor de Serviços, que registrou uma queda de 40% para 33% entre os respondentes que devem demandar crédito no decorrer do ano.
Dos empresários da indústria que demandarão crédito, 38% utilizarão para pagar empréstimos e credores (eram 19% no 1ºTri19), 50% irão realizar novos investimentos e 12% querem alavancar o capital de giro.