Por Adriana Bruno
Ninguém duvida de que as crianças exercem grande influência na decisão de compras da família. Em 2011, uma pesquisa publicada pela Viacom já apontava que 51% dos pais tomavam as decisões de compras ouvindo os filhos. De lá pra cá isso só se confirmou e fortaleceu os segmentos infantis no Brasil. Dados populacionais do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que, apesar de a pirâmide etária brasileira concentrar-se acima dos 30 anos, a população até 14 anos representará 20,5% da população em 2022. “Segundo estimativa do Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o mercado infantil movimenta 16 bilhões de reais por ano no Brasil e cresce 14% anualmente. Se considerarmos produtos e serviços, esse valor saltará para a faixa de 50 bilhões de reais anuais, e a tendência é que os números sejam cada vez maiores”, comenta Alethea Alves, consultora de Varejo da AGR Consultores. Segundo ela, esses números são significativos e reforçam a necessidade de inclusão desse público na estratégia de portfólio do varejo, independentemente do seu porte. “Dados fornecidos pelo Instituto Alana mostram a influência das crianças brasileiras nas decisões de compras: a opinião desse público é considerada em 80% das decisões de compras familiares em todos os setores, incluindo carros, roupas, imóveis, saúde, os produtos da casa, móveis, entre outros”, revela Alethea.
Ela também destaca que é muito importante acompanhar as tendências de produtos e personagens significativos para esse mercado de maneira a adequar o “timing” e a disponibilidade do portfólio. “Uma pesquisa realizada pela TIC Kids Online Brasil mostrou que 20 milhões de crianças e adolescentes, entre 9 e 17 anos, usaram a internet e foram ativos nas redes sociais em 2018 no País. Neste mesmo estudo, vemos que 86% da população brasileira dessa faixa etária era usuária de internet”, conta. E um dos segmentos que mais se destacam entre o público infantil é o de higiene pessoal.
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