Distribuidores lideram as escolhas dos varejistas para repor estoque

Distribuidores, atacarejos e atacados são os canais mais utilizados para compras de reposição de estoque no setor de varejo de vizinhança do segmento alimentar, enquanto os marketplaces ganham espaço na percepção de conveniência e como canais de pesquisa de preços. Os dados constam na pesquisa realizada pelo Compra Agora com o Instituto Locomotiva.

Entre os estabelecimentos procurados para reposição dos estoques, distribuidores lideram as escolhas, com 77% dos estabelecimentos recorrendo a eles, seguidos pelo atacarejo, com 73%, e pelo atacado, com 53%. O atacarejo, entretanto, se destaca como a principal opção para a reposição de estoques, sendo considerado o principal canal de compra por 40% dos varejos de vizinhança. Além disso, a procura pelo atacarejo é ainda mais marcante entre estabelecimentos que faturam até R$ 15 mil, atingindo 84%, contrastando com aqueles que faturam mais de R$ 30 mil, os quais 67% procuram pelo atacado. Os marketplaces são a opção para 23%.

Metade dos varejistas entrevistados faz cotação de preços em sites ou marketplaces antes de realizar as compras. Em média, visitam três opções antes de tomar a decisão. “O levantamento mostra que eles costumam pesquisar, aguardar e só comprar quando encontram a melhor margem”, afirma Julio Campos, CEO do Compra Agora.

MEIOS DE TRANSPORTE

A pesquisa traz ainda dados sobre os meios de transporte utilizados pelos varejistas para a reposição dos estoques dos estabelecimentos. Carro de passeio é o meio mais usado tanto para compras em super/hipermercados (41%) quanto para compras em atacados/atacarejos (30%). Camionete/picape vem em seguida com 29% para compras em super/hipermercados e 28% para compras em atacados/atacarejos.

OTIMISMO

A pesquisa aponta também que os varejistas de vizinhança do segmento alimentar estão otimistas com os rumos do seu negócio este ano: 83% acreditam que o desempenho do comércio vai melhorar nos próximos 12 meses.

“A pesquisa reflete uma notável confiança dos varejistas de vizinhança no futuro de seus negócios, sublinhando uma tendência de recuperação e crescimento sustentado. A expectativa positiva entre 8 em cada 10 entrevistados para 2024 é um indicador poderoso do potencial de crescimento e inovação no setor”, explica Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

Em relação a 2023, 71% avaliam que o negócio melhorou, enquanto 21% não notaram mudanças e 8% reportaram uma piora. Quando os dados de percepção são cruzados com o de expectativa, 67% dos entrevistados dizem que o negócio melhorou e vai melhorar: dentro desse grupo, 25% são especialmente otimistas, e acreditam que o negócio melhorou muito e vai melhorar muito. Este otimismo é mais acentuado entre jovens e empreendimentos localizados em favelas, com 30% e 27%, respectivamente, reconhecendo e prevendo melhorias expressivas. Por outro lado, 16% dos participantes sentiram que a situação permaneceu igual ou piorou, porém esperam por uma recuperação. Para 14%, a perspectiva é de que piorou e vai piorar, enquanto 3% acreditam que melhorou e vai piorar.

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