Índice de infelicidade do brasileiro começará recuar

O índice de “miséria” ou “infelicidade” (a soma das taxas de desemprego e inflação), também chamado de “taxa de desconforto”, deve recuar fortemente nos próximos meses no Brasil.

A avaliação foi feita em um relatório divulgado ontem pelo Banco Fibra e assinado por seu economista-chefe Cristiano Oliveira.

Esse processo já começou nos últimos meses de 2016, quando a inflação recuou mais intensamente e acabou fechando o ano em 6,29%, abaixo do teto da meta.

O relatório nota o “considerável número de surpresas inflacionárias baixistas que foram favorecidas pelo comportamento benigno da inflação de alimentos e também pela recessão que impactou principalmente os preços do grupo dos serviços cíclicos”.

O último Boletim Focus projeta IPCA de 4,64% em 2017, já muito próximo do centro da meta (4,5%). Os números de janeiro serão divulgados pelo IBGE amanhã.

Já o desemprego continua subindo: foi de 9% para 12% entre o final de 2015 e o final de 2016, segundo os últimos dados da PNAD Contínua. O país tem 12 milhões de desempregados.

Mas a previsão do Fibra é que a taxa comece a recuar de forma sustentada a partir do segundo trimestre do ano.

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, chegou no seu maior nível desde maio de 2010.

Mas outros analistas preveem que a taxa de desemprego só volte a recuar no segundo semestre, já que há uma janela de tempo entre a retomada da atividade e a necessidade de contratar.

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