Os hábitos de compra adquiridos na crise, como a procura por ofertas, pesquisa em diversas lojas e restrição a itens de primeira necessidade, serão mantidos por 41% dos brasileiros mesmo após a retomada da economia.
O cenário fará com que a competição no varejo se mantenha acirrada, obrigando as empresas a continuarem oferecendo promoções e descontos fortes. O dado, que faz parte do estudo 'Total Retail 2017', divulgado ontem pela PwC, mostra que além de manter os hábitos de consumo o brasileiro também planeja poupar mais dinheiro. 'As 'marcas' da crise costumam perpetuar na memória e no comportamento da população por um bom tempo', diz o sócio da PwC e especialista em consumo, Ricardo Neves.
De acordo com ele, o efeito disso para o varejo será a manutenção de um alto grau de competitividade no setor, obrigando as varejistas a continuarem se esforçando no sentido de conquistar e atrair o consumidor – inclusive sacrificando as margens com promoções e ofertas. A pesquisa mostra ainda que apenas 33% dos entrevistados planejam aumentar os gastos com produtos de moda após uma mudança positiva da economia, enquanto 34% pretendem adquirir produtos de suas marcas preferidas.
O maior beneficiado da retomada, segundo o estudo, será o setor de entretenimento, já que 41% dos brasileiros pretendem aumentar a visita a restaurantes, bares e outros tipos de entretenimento no pós-crise. 'Esse aspecto é muito reduzido durante a recessão, mas na retomada o consumidor volta a se preocupar e a gastar com o lazer', diz.
Fonta- DCI São Paulo