Consumo nos Lares Brasileiros cresce 1,47%

O Consumo nos Lares Brasileiros acumula alta de 1,47% até fevereiro, de acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados. Na comparação com fevereiro de 2023, o indicador registra alta de 1,71%. Na comparação com janeiro, a queda é de -1,54%. O efeito calendário também influenciou o consumo em fevereiro. O mês contou com 29 dias contra 31 do mês anterior.

O levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados e os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A taxa de emprego mais estável no trimestre encerrado em janeiro ajudou a manter a trajetória de crescimento do consumo em patamares semelhantes ao do ano anterior, bem como o crescimento real da renda com o reajuste do salário-mínimo”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.

Em fevereiro, ajudaram a movimentar o consumo nos lares o pagamento de R$ 14,45 bi do Bolsa Família, R$ 566,3 milhões do Auxílio-Gás, o início do pagamento do Abono do PIS/PASEP estimado em R$ 28 bilhões no calendário 2024, o reajuste do salário-mínimo (+6,97%) desde janeiro, R$ 304 milhões do lote residual de imposto de renda. O pagamento de R$ 21,4 bilhões em precatórios (pagos no final de fevereiro) deve ter impacto no consumo em março.

A antecipação do pagamento a partir de abril do 13º salário de aposentados e pensionistas deve incentivar o consumo nos lares.

Álcool líquido 70% deve sair das prateleiras dos supermercados em abril

Os consumidores podem deixar de contar com a eficácia do álcool líquido 70% utilizado na higienização de ambientes nas residências e no ambiente de trabalho – ainda que em meio ao registro de casos de contaminação e mortes por variantes do Coronavírus. Isso porque os supermercados devem cumprir a Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA que autorizou a venda do produto até 31 de dezembro de 2023. Desde então, o setor vem comercializando apenas os estoques – permitidos pela RDC Nº 766 – que devem ser encerrados até 29 de abril.

A Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS entende que a proibição da comercialização retirará do consumidor o acesso ao produto de melhor relação custo-benefício, comprovadamente eficaz nos cuidados com a saúde, na sanitização de ambientes e na proteção contra doenças, incluindo a COVID-19.

“Os consumidores se adaptaram e adotaram a prática comum de compra do álcool líquido 70% para higienização de ambientes em casa e no trabalho, pois o setor supermercadista fez uma campanha bem-sucedida de orientação e esclarecimentos que proporcionaram um comportamento sensato e seguro destes sanitizantes, sem o registro de contingência ou acidentes desde a liberação da comercialização pela Agência em 2022”, explica o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

Desde a autorização da Anvisa em 2022, mais de 64 milhões de unidades de álcool líquido 70% foram comercializadas pelos supermercados e o setor tem observado que o consumidor mantém a preferência pelo álcool 70% na forma líquida por não deixar resíduos em móveis e objetos.
Desde dezembro, a ABRAS vem dialogando com a Agência uma vez que há demanda dos consumidores e falta de produtos nas gôndolas dos supermercados.

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